sábado, 19 de março de 2022

Textos de Thomas de Toledo e de Eduardo Galeano, por Vitor Mineu...

 

via Darimar Corrêa
Quem acompanha meu trabalho há vários anos sabe porque tenho um envolvimento com este tema da Ucrânia e Rússia. Quando aconteceu o golpe de estado em 2014 na Ucrânia, eu participava do Conselho Mundial da Paz e da articulação da juventude do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Na ocasião, recordo-me de algo que me dói no fundo da alma até hoje. Jamais esquecerei do depoimento de um líder sindical de Lugansk contando no Congresso da Federação Sindical Mundial os crimes do governo ucraniano em sua república. Mas nada se compara à dor que foi ter acompanhado quase em tempo real o massacre de Odessa. Eram centenas de trabalhadores voltando do protesto do 1o de maio, dia do trabalhador, que se reuniram na Casa dos Sindicatos para um ágape fraternal. Só que de forma organizada, um grupo de mais de mil nazistas ucranianos com bandeiras de suásticas, tochas e gritando "Heil Hitler!" cercou a Casa dos Sindicatos e começou a incendiá-la. Pareciam voltados das catacumbas de 70 anos atrás, sem que ninguém esperasse. Havia cerca de 250 sindicalistas lá dentro do prédio e os nazistas não os deixaram sair. Foram inúmeras mortes de pessoas carbonizadas. Outras foram agredidas e mortas por espancamento. No dia seguinte, os nazistas divulgaram memes fazendo piadas das fotos dos sindicalistas mortos. Não houve condenação por parte dos Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia. Esse massacre não entrou na primeira página do Estadão nem teve editorial na Globo. Nem a Rússia interviu em Odessa. Trabalhadores jogados à própria sorte, traídos pelo seu próprio país e ignorados pelo mundo, recebendo apenas a solidariedade de outros trabalhadores internacionais. Aí, o que aconteceu na Ucrânia desde então?
Os partidos de esquerda foram proibidos. Nazistas invadiram-nos queimando seus livros e violentando suas secretárias. Os sindicatos foram fechados e seus líderes perseguidos por esses nazistas. Os nazistas participaram das eleições e fizeram bancadas. A esquerda está fora da institucionalidade desde 2014. Seus partidos foram proibidos de existir e seus símbolos criminalizados.
Ou seja, a UCRÂNIA NÃO É UMA DEMOCRACIA. Aí, esse tal de Zelensky foi fabricado nos porões dos serviços de inteligência ocidentais para ser uma marionete dos interesses da indústria bélica. Foi colocado no poder com um discurso de extrema-direita para transformar o seu próprio país num palco de guerra, provocando a Rússia até chegar à situação atual. Agora, simplesmente ignoram que de 2014 pra cá, o governo Ucrânia já matou 14 mil pessoas em Donetsk e Lugansk. Nunca mais tive notícias daquele dirigente que conheci na Federação Sindical Mundial. Será que está vivo? Também conheci russas da região de Donbass. Nunca mais consegui falar com elas. Será que ainda habitam o mundo dos vivos? Bom, é isso. Não virei "analista de rede social" em uma semana. Este tema faz parte da minha trajetória de vida como professor de Relações Internacionais. Inclusive orientei monografias e fiz simulação da ONU com meus alunos da época. Havia decidido sair das redes sociais, mas essa situação me fez voltar. Não vou mais me calar vendo tanta gente falando bobagem sem saber. Tá na hora de mostrar o que de fato acontece. Vim pra ficar.
Por Thomas de Toledo
Copiado da postagem de Cecilia Akko
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via Rebecca Juraszek
Os amigos de Hitler
“Os amigos de Adolf Hitler têm má memória, mas a aventura nazi não teria sido possível sem a ajuda que deles recebeu.
Como seus colegas Mussolini e Franco, Hitler contou com o precoce beneplácito da Igreja Católica. Hugo Boss vestiu seu exército. Bertelsmann publicou as obras que instruíram seus oficiais.
Seus aviões voavam graças ao combustível da Standard Oil [hoje Exxon e Chevron], seus soldados viajavam em caminhões e jeeps da marca Ford.
Henry Ford, criador desses veículos e do livro O judeu internacional, foi sua musa inspiradora. Hitler agradeceu por tudo condecorando-o.
Também condecorou o presidente da IBM, a empresa que tornou possível a identificação dos judeus.
A Rockefeller Foundation financiou investigações raciais e racistas da medicina nazi.
Joe Kennedy, pai do presidente, era embaixador dos Estados Unidos em Londres, porém mais parecia embaixador da Alemanha. E Prescott Bush, pai e avô de presidentes, foi colaborador de Fritz Thyssen, quem pôs sua fortuna à disposição de Hitler.
O Deutsche Bank financiou a construção do campo de concentração de Auschwitz.
O consórcio IGFarben, o gigante da indústria química alemã, que depois passou a se chamar Bayer, Basf ou Hoechst, usava como ratos de laboratório os prisioneiros dos campos, e além disso os usava como mão de obra. Estes operários escravos produziam de tudo, incluindo o gás que ia matá-los.
Os prisioneiros trabalhavam também para outras empresas, como Krupp, Thyssen, Siemens, Vasrta, Bosch, Daimler Benz, Volkswagen e BMW, que eram a base econômica dos delírios Nazis.
Os bancos suíços ganharam uma nota preta comprando de Hitler o ouro de suas vítimas: suas joias e seus dentes. O ouro entrava na Suíça com assombrosa facilidade, enquanto a fronteira estava completamente fechada* para os fugitivos de carne e osso.
A Coca-cola inventou a Fanta para o mercado alemão em plena guerra. Nesse período, também Unilever, Westinghouse e General Eletric multiplicaram ali seus investimentos e suas ganâncias.
Quando a guerra terminou, a empresa ITT recebeu uma milionária indenização porque os bombardeios aliados haviam danificado suas fábricas na Alemanha”.
*Eduardo Galeano*
(Fragmentos de Espelhos, uma história quase universal)
Vitor Mineu e 8 outras pessoas
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