O RASTO DE SANGUE DOS BONS
Já que nos obrigam a viver num ambiente maniqueísta reduzido a Bons e Maus façamos uma pequena viagem seguindo os rastos de sangue provocados pelos Bons.
Palestina. 74 anos de limpeza étnica sistemática. Milhões de mortos, feridos, refugiados, desalojados e deportados. Centenas de aldeias e cidades arrasadas. Proibição violenta dos direitos elementares de um povo, designadamente a uma pátria. Instauração de um regime de apartheid. Tortura, prisões arbitrárias, assassínios em massa ou selectivos. Cerco hermético da Faixa de Gaza, transformada num campo de concentração onde não podem entrar os meios essenciais de subsistência de uma comunidade de dois milhões de pessoas. Destruição das infraestruturas básicas. Divisão de comunidades e famílias através de muros. Colonização ilegal como forma de ocupação territorial e provocando limpezas étnicas. Ocupação Militar de Jerusalém Leste e Cisjordânia. Violação das resoluções internacionais sobre a situação com a cumplicidade dos países da NATO e da União Europeia, entre os quais Portugal.
Jugoslávia. Destruição de um país através da guerra. "Soluções político-militares" coloniais com recursos a terroristas fundamentalistas islâmicos. Bombardeamentos de civis indefesos - por exemplo em Belgrado, durante 78 dias. Cumplicidade em limpezas étnicas. Operações de bandeira falsa como Srebrenica e Racak. Utilização de armas e elementos proibidos como bombas de fragmentação e urânio empobrecido.
Cuba. 62 anos de bloqueio impedindo o desenvolvimento do país e tornando toda a população refém de uma pobreza induzida externamente. Sangrentas operações de bandeira falsa, tentativas de golpes de Estado e de assassínio de dirigentes. Ocupação parcial de território, transformado em base de tortura. Cerco militar permanente.
Iraque. Invasão, guerra e ocupação em duas fases, a segunda das quais prossegue há quase 20 anos. Milhões de mortos (pelo menos 500 mil crianças), feridos, refugiados e desalojados. Apoio a grupos terroristas islâmicos para divisão do país em entidades de índole religiosa e sectária. Operações de tortura e chacina. Destruição e roubo de tesouros de toda a humanidade e dos recursos naturais - essencialmente petróleo. Sanções e embargos instaurando a miséria na maioria da população.
Afeganistão. Criação de grupos de criminosos e mercenários ditos fundamentalistas islâmicos, entre eles a Al-Qaida e seu chefe Bin Laden. Guerra e ocupação militar durante 20 anos. Milhões de mortos, feridos, desalojados e refugiados depois, o poder foi entregue aos mesmos fundamentalistas islâmicos que governavam o país antes da invasão. Roubo das reservas do Banco Central. Transformação do país no maior centro de produção e tráfico de ópio e heroína - 90% da circulação mundial. País destruído em grande parte e população reduzida à miséria.
Líbia. Guerra e ocupação em aliança com terroristas fundamentalistas islâmicos dos quais nasceu o Isis ou "Estado Islâmico", que se expandiu, praticando massacres, pelo Médio Oriente e grande parte de África. Centenas de milhares de mortos, feridos, refugiados e desalojados. Transformação do país em entreposto de refugiados e tráfico humano. Os refugiados têm como destino a morte em travessias marítimas ou a prisão e tortura em campos de concentração administrados por milícias terroristas e financiados pela União Europeia, que se recusa a acolher as vítimas de guerras e rapinas coloniais pelas quais é responsável. Para trás ficou um país destruído, desgovernado e ingovernável.
Síria. Invasão e guerra por procuração conduzida através de grupos de mercenários ditos islâmicos "moderados" sob a tutela da Al-Qaida e do Isis. Milhões de mortos, feridos, refugiados e deslocados. Divisão do país como meio de instaurar ocupações militares e terroristas directas ou por procuração. Criação de um sistema de centros de treino de terroristas e de roubo de petróleo pelos Estados Unidos da América. Utilização de armas químicas depois atribuída às vítimas dos ataques. Sanções e embargos impostos pelos agressores aos agredidos. Bombardeamentos aéreos por potências da NATO e actualmente quase diários por Israel. Reconhecimento implícito pelos países da NATO e União Europeia da anexação por Israel do território sírio dos Montes Golã.
Venezuela. Guerra "híbrida" através de sanções, embargos, tentativas de golpes de Estado e o não reconhecimento de governos estabelecidos através de eleições cujos resultados não são os desejados pelos agressores. Agressões armadas e tentativas de invasão. Roubo de ouro e activos financeiros por governos de países da NATO e União Europeia, entre os quais o de Portugal . Asfixia económica e humanitária. Campanha mediática terrorista. Sequestro de dirigentes. Criação de estruturas governativas paralelas chefiadas por terroristas fascistas, entre os quais Juan Guaidó, reconhecido pelo governo de Portugal.
Iémen. Guerra por procuração conduzida pela Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, com apoio directo dos Estados Unidos, Reino Unido e França. A maior crise humanitária e vaga de fome actuais, segundo a ONU. Centenas de milhares de mortos, feridos, desalojados e refugiados. Divisão do país. Apoio a grupos terroristas, designadamente a Al-Qaida, ocupações territoriais e criação de bases militares estrangeiras. Roubo de recursos naturais, sobretudo petróleo. Bombardeamentos de acontecimentos sociais como casamentos e funerais. Destruição das principais infraestruturas básicas do país.
Sahara Ocidental. Ocupação sangrenta por procuração, neste caso através de Marrocos. Agressão militar e repressão social permanentes com assassínios selectivos e prisões arbitrárias com prática habitual de tortura. Desprezo pelas resoluções internacionais. Roubo dos recursos naturais, entre eles a pesca, no qual participam entidades portuguesas.
Ucrânia. Golpes de Estado depondo governos eleitos democraticamente. Financiamento, treino e armamento de grupos nazis. Fornecimento de armamento letal. Cobertura da limpeza étnica conduzida durante oito anos pelo exército regular e tropas de choque de mercenários estrangeiros e organizações nazis na parte Leste do país. Massacres sistemáticos de civis, como o de Odessa em 2014. Derrube comprovado do voo MH 370 (300 mortos) da Malaysian Airlines atribuído, sem provas, aos "separatistas", numa clássica e criminosa operação de bandeira falsa. Eleições fraudulentas nas quais metade dos eleitores não puderam participar. Segregação de parte da população, constituída, na prática, por cidadãos considerados e tratados como sendo de segunda.
E ainda...Matanças e execuções selectivas com drones através do mundo; divisão sangrenta do Sudão; agressões militares permanentes na Somália, transformado num país praticamente ingovernável; operações militares coloniais e rapina de riquezas naturais em países da região africana do Sahel; golpes de Estado fascistas ou fascizantes recentes, "brandos" ou menos brandos, no Brasil, Paraguai, Honduras, Bolívia. Desestabilização permanente na Nicarágua e no Peru. Crimes ambientais associados a todas estas actividades.
A obra dos Bons fala por eles.
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