Texto de António Gil, sobre a China no Mundo, por Victor Neto + apontam.de Victor Neto e meu, com foto de Pepe Mujica

 

Victor Rosa

2 h  · 

Antonio Gil

O telegrama mais longo: para conter a China ou os EUA?

Christopher Black, 14 de março de 2021

Washington, Pequim e as capitais europeias têm disparado uma enxurrada de comentários nas últimas semanas sobre um artigo de autoria anónima sobre a China publicado em 28 de janeiro pelo think tank dos EUA/OTAN, o Atlantic Council, intitulado “The Longer Telegram: Toward A New American Strategic to China. ”

É um texto noutro documento político escrito por George Kennan em 1946, chamado Long Telegram, no qual Kennan definiu uma estratégia para “conter” a União Soviética, isto é, destruí-la. O conselho de Kennan foi adoptado e tornou-se a estratégia dos EUA. O Longer Telegram pretende estabelecer uma estratégia para minar a China.

O Longer Telegram foi aprovado por alguns estrategas e governos americanos e aliados, mas outros ficaram alarmados. A China denunciou-o pelo que é, um plano de agressão contra a China e seu sistema socialista.

O jornal repete o erro inerente a todo pensamento americano sobre o mundo, de inventar um rival que não existe e, em seguida, postular estratégias para lidar com essa ficção. Esse pensamento ilusório levou os Estados Unidos a uma derrota após a outra e causou problemas incalculáveis ​​ao mundo, ao tentar lançar seu peso mundial para garantir mercados e recursos para suas indústrias e capital. A destruição de um país após o outro para atingir esse objectivo, a morte de milhões, a miséria de regiões inteiras do mundo nada significam para o capital americano enquanto ele puder ganhar dinheiro.

Toda a sua retórica sobre “direitos humanos”, “democracia” e outros lugares-comuns é apenas um disfarce para manter a sua hegemonia económica e manter todos os outros sob domínio. Eles até às vezes admitem isso. Na Estratégia de Defesa Nacional emitida em 2018, o verdadeiro motivo das calúnias contra a China, as constantes provocações em Hong Kong e no Mar da China Meridional foi declarado claramente. “O não cumprimento dos nossos objectivos de defesa resultará na diminuição da influência global dos EUA, corroendo a coesão entre aliados e parceiros e causará a redução do acesso aos mercados que contribuirão para um declínio na nossa prosperidade e padrão de vida.” Claro que até isso é uma mentira, já que o capital americano não se preocupa com o padrão de vida do povo americano, apenas com a prosperidade e o padrão de vida dos grandes capitalistas. O mundo pode ver quais são as condições nos Estados Unidos. O fracasso em proteger o seu povo da pandemia da Covid, os assassinatos extrajudiciais quase diários de negros e pobres, a promessa vazia de Biden de instituir um salário mínimo mais alto, o colapso da rede eléctrica no Texas são expressões eloquentes de desprezo e desrespeito que o grande capital mostra pelas pessoas comuns.

O documento descreve uma China que existe apenas na sua imaginação furtiva; um país "autoritário" cujos governantes comunistas estão divorciados do povo que governam, no qual o presidente Xi é descrito como mais ou menos um senhor da guerra cercado por "comparsas", enriquecendo às custas de todos os outros, e que têm visões de governar o mundo. Essa fantasia é, na verdade, uma imagem espelhada dos Estados Unidos. O autor vê a China como foi condicionado a ver a América, e então projecta isso sobre qualquer nação que tente desenvolver sua economia e melhorar as condições de seu povo. E assim como as forças do capital nos Estados Unidos manipulam as eleições e o sistema político para garantir seu poder a fim de encher seus próprios ninhos, o autor do Longer Telegram acusa o presidente da China de fazer o mesmo na China, de usar sua posição em seu próprio benefício. Em seguida, oferece recomendações sobre como tentar separar a liderança chinesa do povo, e até mesmo sobre como separar o Partido Comunista de seus membros e do povo, usando falsas alegações como propaganda para minar a coesão social.

A China fez bem em expulsar a BBC na semana passada e prender os agentes americanos e britânicos em Hong Kong. O documento adopta a estratégia de Henry Kissinger pedindo uma abordagem suave para a Rússia para tentar atraí-la para longe de sua aliança com a China. Isso exigiria uma reversão completa da estratégia americana de cercar a Rússia com bases, navios e sistemas de mísseis, de tentar arruinar a economia russa com todo o comércio ilegal e embargos financeiros. Isso não vai acontecer. Mas a sugestão mostra a confusão na liderança americana sobre como interromper seu declínio económico que antecede o seu declínio como hegemonia mundial.

Durante décadas, os americanos afirmaram apoiar as nações que tentam sair da pobreza criada pelo colonialismo europeu e americano, para alcançar prosperidade económica e uma vida melhor para seus povos. Mas quando um país atinge esses objetivos, de repente ele torna-se um inimigo. Eles não querem rivais. A China é declarada inimiga simplesmente porque o Partido Comunista, ao longo de sua longa luta desde a Longa Marcha até hoje, tirou da pobreza um bilhão ou mais de pessoas, criou um sistema social e económico que nenhum país ocidental pode igualar. O seu exemplo mostra ao mundo o que pode ser alcançado por nações finalmente libertadas do colonialismo e mostra a força e vitalidade do socialismo. Mas agora a China enfrenta novas ameaças das aspirantes a potências coloniais. Derrotadas em 1949, as potências coloniais nunca abandonaram as suas ambições de reduzir novamente a China a uma colónia e estão, mais uma vez, activamente engajadas em tentar minar a China como nação soberana, caluniá-la, sabotar a sua economia, ameaçá-la com a força armada, quebrá-lo em pedaços administráveis, como querem fazer com a Rússia. O método de ataque é amplo. Os canadianos, por encomenda dos Estados Unidos, sequestraram e ainda mantêm reféns, Meng Wanzhou, director financeiro da empresa de tecnologia Huawei. Ao mesmo tempo, os EUA usaram a prisão como um aviso para outros que negociam com o Irão. Eles aumentaram suas provocações militares na costa chinesa com os EUA e seus estados vassalos enviando navios de guerra, uma e outra vez, através do Estreito de Taiwan, alegando estar a reforçar a "liberdade de navegação", mas na realidade declarando que Taiwan é assunto seu e não da China.

A resposta completa ao Longer Telegram é encontrada no Livro Branco da Defesa Nacional da China, que afirma: “Embora um país possa tornar-se forte, a belicosidade levará à sua ruína. A nação chinesa sempre amou a paz. Desde o início dos tempos modernos, o povo chinês tem sofrido agressões e guerras e aprendido o valor da paz e a necessidade urgente de desenvolvimento. Portanto, a China nunca infligirá tais sofrimentos a nenhum outro país. Desde a sua fundação, há 70 anos, a República Popular da China (RPC) nunca iniciou qualquer guerra ou conflito. Desde a introdução da reforma e abertura, a China está comprometida com a promoção da paz mundial e voluntariamente reduziu o tamanho do PLA para mais de 4 milhões de soldados. A China cresceu de um país pobre e fraco e consolidou-se como a segunda maior economia do mundo, sem receber esmolas de outros nem por se envolver em expansão militar ou pilhagem colonial. Em vez disso, desenvolveu-se por meio do trabalho árduo de seu povo e de seus esforços para manter a paz. A China tem feito todos os esforços para criar condições favoráveis ​​para o seu desenvolvimento por meio da manutenção da paz mundial, e igualmente esforça-se para promover a paz mundial por meio de seu próprio desenvolvimento. A China espera sinceramente que todos os países escolham o caminho do desenvolvimento pacífico e, em conjunto, previnam conflitos e guerras ”. Todos aqueles que desejam paz no mundo, podem apoiar essa afirmação.

O Longer Telegram não é apenas um documento político, é também uma peça de propaganda que deve ser rejeitada como um apelo à violação de todos os princípios consagrados na Carta das Nações Unidas que garantem a cada nação o direito ao desenvolvimento pacífico, à sua soberania e à não interferência de outras nações; para ser tratada com respeito. Em vez de contemplar estratégias sobre como conter a China, o mundo deve contemplar estratégias para conter os Estados Unidos da América ”.

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e digo eu, que sou um básico,

VEGETAMOS NA MENTIRA CIENTIFICA,.... E NO ALTISSIMO CRIME ORGANIZADO E CIENTIFICO!!!

SEMPRE CONDUZIDOS PELOS FALCÕES, PELOS CROCODILOS DO NILO, COM ÁCIDOS PODEROSISSIMOS QUE DIGEREM TUDO!!!

O IMPORTANTE É MESMO MANTER E AMPLIAR SE POSSIVEL, ESTE CAPITALISMO HIPER SELVAGEM,... HIPER DESALMADO,... SEM ALMA,... PARA GAUDIO DE DELINQUENTES, SOCIOPATAS, PSICOPATAS, MELIANTES, MITÓMANOS,.... QUE NÃO LHES CHEGARAM BILIÕES DE CRIMES QUE FIZERAM, QUEREM CONTINUAR A FAZER, DE FORMA DISFORME, AMORAL, CRUEL E SEM SENTIDO!!

FILHOS DE UMA GRANDESSSISSIMA PUTA!!!

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• Sadino Dacruz

  Boa análise, mas a conter é os USA, pois são os maiores terroristas existentes à superfície da terra (com a ajuda dos seus "irmãos" sionistas).

  

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  Jose Monteiro

  É, muito provavelmente, o texto/documento, mais simples de descrever o País, que tem 1/3 da população mundial, que saiu de um atraso secular indiscutível e se lançou, beneficiando da disciplina da sua população e da sua economia, numa senda de progresso sem igual, sempre em busca da Paz mundial, indiscutível também!

  Seguem-se dois excertos do texto do autor, António Gil, que me pareceram os mais ilustrativos!

  1 -"Desde o início dos tempos modernos, o povo chinês tem sofrido agressões e guerras e aprendido o valor da paz e a necessidade urgente de desenvolvimento. Portanto, a China nunca infligirá tais sofrimentos a nenhum outro país. Desde a sua fundação, há 70 anos, a República Popular da China (RPC) nunca iniciou qualquer guerra ou conflito"

  2 - "O Longer Telegram não é apenas um documento político, é também uma peça de propaganda que deve ser rejeitada como um apelo à violação de todos os princípios consagrados na Carta das Nações Unidas que garantem a cada nação o direito ao desenvolvimento pacífico, à sua soberania e à não interferência de outras nações; para ser tratada com respeito. Em vez de contemplar estratégias sobre como conter a China, o mundo deve contemplar estratégias para conter os Estados Unidos da América ”.

  A todos os que, duma forma ou outra, lutam para que haja Paz no mundo, desejo felicidades e que seu esforço seja compensado e traduzido em Paz e Segurança!

  A foto tem apenas a intenção de mostrar um paradigma de defensor da Paz e da ausência de ambições pessoais: José Alberto "Pepe" Mujica Cordano, ex-presidente do Uruguay!

  

  

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