quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Texto de Alfredo Barroso, por Victor Rosa + comentários...

 

Alfredo Barroso
MANOBRA "RASCA" DE MARCELO PR PARA IMPÔR DEMISSÃO DO MAI, TEM DE MERECER RESPOSTA FIRME DO GOVERNO E DO PS
- avisa Alfredo Barroso, admitindo que o MAI deve demitir-se e que a 'caranguejola' de direita vai ficando cada vez mais perto do poder
Qualquer político ou jornalista ou comentador bem formado - por muita vontade e justificação que invoque para reclamar a demissão do actual ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita - terá constatado que o actual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa - ao receber em audiência o actual Director Nacional da PSP, superintendente-chefe Magina da Silva - violou, mais uma vez, não só os limites dos poderes que a Constituição da República lhe impõe, como também o princípio da separação de poderes entre os órgãos de soberania. E considero uma aberração que haja quem, dizendo-se da esquerda, mas escrevendo em função dos interesses de quem lhe paga, aplauda esta manobra completamente 'rasca' de Marcelo PR, em vez de criticar a sua falta de sentido de Estado.
Ao ponto a que isto chegou - através da campanha ao retardador, desencadeada nove meses depois do pretexto, por vários jornais dominados pela direita, a atiçarem o tão pouco firme político que é o actual Presidente da República (também um 'fujão' habituado a 'tocar às campainhas' dos outros a meio da noite) - é óbvio que o ministro Eduardo Cabrita ficou irremediavelmente fragilizado e já não tem condições para se manter no cargo, sobretudo por não ter tido a coragem de demitir imediatamente o director nacional da PSP, Magina da Silva, mal teve conhecimento das declarações que este senhor fez na Sala da Bicas do Palácio de Belém, à saída da incrível audiência com o ardiloso, fraco e oportunista Marcelo PR.
O Governo, nomeadamente o PM António Costa, e o PS é que não podem, desta vez, continuar a afagar o PR oportunista e fraco que ainda mora no Palácio de Belém. Tem de haver um clara e vigorosa resposta pública do PS denunciando a inqualificável manobra de Marcelo PR, ao receber o diretor nacional da PSP, nos termos e no contexto em que o fez, violando - como já disse e repito - não só os limites que a CRP lhe impõe, como também o princípio essencial da separação de poderes num regime democrático que se preze.
Na minha opinião, caberá a António Costa: a) enquanto chefe do Governo, fazer um aviso solene ao PR, de que não poderá tolerar mais as constantes intrigas palacianas e manobras de desrespeito e desestabilização do Executivo; b) e enquanto secretário-geral do PS, dar claramente a entender aos seus militantes e eleitores, que as circunstâncias mudaram e que a ideia deixou de ser a do PS contribuir para a reeleição deste PR irresponsável e golpista.
Tenho dito e repetido que é nos momentos políticos mais difíceis que se deve avaliar o comportamento do Presidente da República: o seu caracter, o seu respeito pela Constituição, a sua capacidade de contenção, o seu sentido de Estado a sua impermeabilidade às influências e pressões exercidas por grupos de interesses, sejam eles políticos, meramente partidários, corporativos ou empresariais.
Cá está: no meu critério, Marcelo PR reprova rotundamente...
Campo d'Ourique, 14 de Dezembro de 2020
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  • A presença semanal durante muitos anos, como comentador, acompanhado por simpáticas jornalistas, numa estação de televisão, fizeram dele um "familiar", para milhões de portugueses que se limitaram em votar no simpático comentador, sem se preocuparem muito com o seu carácter pessoal e político, mas como um homem só, não pode enganar muitos, durante muito tempo, ele aí está no seu explendor da intriga de cláustro e no pica e foge, típico de quem não é capáz de enfrentar os problemas olhos nos olhos.
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  • Depois do que fui lendo e do que pesquisei, estou agora plenamente convencido de que a "tramoia" ,a que não atribui um especial significado, por me ter parecido mais uma manobra de bastidores, para ver se a peça em ainda se consegue manter mais umas semanas em cena, com o mesmo elenco, a ida do Chefe da PSP , tudo leva a crer, a fazer queixinhas ao atual ocupante de cargo de Presidente da República (não confundo, nunca confundi, cargo com função), ultrapassa tudo o que seria de imaginar neste contexto!
    E duvido (posso duvidar) que a "tramoia" tenha ficado sanada com as demissões no SEF, a audição do ministro pela Assembleia da República e a declarada total confiança politica do 1º ministro no seu ministro da Administração Interna!
    Este grupo, que pode parecer disperso e sem rumo definido, depois do que fui analisando, chegou para sugerir que devemos estar atentos! Todos juraram cumprir as funções que lhe foram incumbidas e cumprir o que está consagrado na Constituição da República Portuguesa! Ao PR, este e todos os anteriores, juraram também: defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição!
    Esquecer isto é expor-se e deixar que a caravana passe, mas ela não vai passar!
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