quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Dias Lourenço, por Célia Mendes

 

Assinala-se a 17 de dezembro o 66° aniversário da Fuga de António Dias Lourenço (1915-2010) da "Cadeia do Forte de Peniche".
Preso político, militante do Partido Comunista Português, António Dias Lourenço evade-se numa noite fria de dezembro do "Segredo", cela de isolamento instalada no Baluarte Redondo da Fortaleza de Peniche, protagonizando uma fuga particularmente arriscada em direção à Liberdade, que pela heroicidade deve ser relembrada enquanto exemplo de resistência efetuada por milhares de portugueses contra o regime fascista do Estado Novo.
Sozinho, preparou a fuga: estudou os movimentos dos guardas e procedeu de modo a ser "castigado", o que equivalia a ser fechado no "Segredo". Aí, com a ajuda de uma meia faca que conseguira obter, começa a tarefa de remoção de um pedaço de madeira da porta. Após longos dias de trabalho, consegue sair da cela e munido de uma corda feita de cobertor desfiado e pouca roupa, lança-se ao mar. Alcançada terra firme e depois de mais de uma hora de correria pela então Vila de Peniche, Dias Lourenço salta para uma camioneta de transporte de peixe e concretiza a sua evasão.
Após esta fuga o Baluarte Redondo deixaria de ser utilizado enquanto local de isolamento de presos.
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