domingo, 4 de dezembro de 2022

Carlos Matos Gomes 1 d · Então isto faz-se? - terá dito Macron a Biden durante a visita do presidente francês a Washington para se queixar das ajudas do Estado às empresas americanas (350 mil milhões de euros) que rebentarão com as empresas europeias. E isto depois de tanta fidelidade canina à estratégia do regime americano na Ucrânia.

 

Então isto faz-se? - terá dito Macron a Biden durante a visita do presidente francês a Washington para se queixar das ajudas do Estado às empresas americanas (350 mil milhões de euros) que rebentarão com as empresas europeias. E isto depois de tanta fidelidade canina à estratégia do regime americano na Ucrânia.
A Ucrânia e a crua nudez da verdade.
A guerra na Ucrânia serviu para os Estados Unidos eliminarem a concorrência da União Europeia, impedirem a sua aliança com a Rússia e para se fortalecerem preparando-se para o conflito com a China.
A visita do presidente francês a Washington é reveladora da tomada de consciência dos franganotes que são os líderes europeus dos objetivos de Washington ao lançar o isco da libertação da Ucrânia da criminosa invasão da Rússia.
Partidas as pernas à indústria europeia com as sanções, com a proibição de importação de gas russo (barato) e de compra de gás americano (caro), entregue a concessão das futuras obras de “reconstrução” da Ucrania a uma empresa americana (Black Rock), o regime dos Estados Unidos aprovou o « Inflation Reduction Act » (IRA), um plano de apoio estatal (atenção aos liberais e outros patetas) de 350 mil milhões de euros, com o argumento de auxílio à transição energética das empresas americanas. Macron foi dizer a Washington que se trata de uma inicitaittiva « super agressive », que esta ação pode fragmentar o Ocidente (até agora unido sob a mão pesada de Washington) mas sublinando, contudo, «a necessidade de avançar de mãos dadas com os Estados Unidos»!
O IRA penaliza as exportações europeias e ameaça a Europa com a desindustrialização. Macron compreende: « Esta atitude dos EUA demonstram que estes olham em primeiro lugar para os seus interesses, o que é normal - nós procedemos de modo idêntico -, olhando em primeiro lugar para a sua rivalidade com a China. Assim a Europa e a França devem proceder a ajustamentos variáveis.» Isto é, a Europa faz a figura do moço de recados que depois de cumprida a tarefa recebe um pontapé no traseiro.
Tu, Carmo Vicente, Mena Barbosa Batista Moraes e 339 outras pessoas
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  • Jose Monteiro
    É disto que o meu Povo gosta, não recordo quem fez esta sublime declaração! O texto tem a qualidade e a clareza a que me vim habituando e os comentários ( 38 até agora e algumas respostas ) são os corolários do teorema que no seu conjunto devia tomar o nome de Portugal Europeu!
    Só acrescentarei, dando-nos o beneficio da dúvida, que não deve ser fácil gerir (governar) esta meia dúzia de portugueses e os restantes que formam a UE deve ser ainda mais difícil, aumentando a dificuldade em função do número de habitantes, cada um a pensar que pensa melhor que o outro, que é mais capaz do que todos os outros, mas que depois das contas arrumadas acabamos por ir todos atrás do chocalho da ovelha mais velha!
    Durante algum tempo, sem perceber muito menos do que hoje percebo de geos (politica, económica, estratégica, militar, etc) quando pensava nos grandes paises, como a China, a India, a Rússia e América (EE UU) chegava sempre a uma cómoda conclusão: só mesmo doidos é que se atrevem a enfrentar estes berbicachos! E pensava no Mao Tse Tung, no da India não recordo o nome, no Staline e em cada um dos que iam rodando pela Casa Branca! Apenas eu ficava mais descansado e de cabeça arrumada: só doidos se atreveriam e pronto!
    Todo o "mundo" viveu descansado (menos os que estavam a ser desmantelados pelas guerras) esperando que o século XXI ía ser a salvação da humanidade, mas se calhar os do séc. XIX já pensavam que seria o XX a salvação e estamos agora, 1/4 de século decorrido, a começar a pensar que irá ser o XXII o da solução de todos os problemas e assim vamos envelhecendo e morrendo, quando a esperança morre (dizem que é a última)!
    Falar do Macron, do Shaltz, do Biden, do ex-Boris Johnson é uma perda de tempo: todos se guiam por uma pauta que tem um compositor (Americano)que tem os seus chefes de orquestra espalhados pelo mundo, como o trio da UE, os da OUA para a América do Sul, outras especializadas, o TPI que não pode julgar um cidadão americano e a ONU e seu Conselho de Segurança ( a ONU que nada decide e o CS que não segura coisa alguma)!
    Só para terminar: em 2005, numa entrevista da SIC ao então embaixador de Cuba em Lisboa, este afirmou que os EE UU não têm amigos nem aliados, têm interesses! Ainda pensei que era uma forma de expressão do Cubano, mas que ainda há pouco tempo o Henry Kissinger repetiu! Se o Macron não entendeu o AUCUS é porque mais não é capaz ou não pode perceber para se manter alinhado! Mas penso que o negócio de 8 submarinos é uma aldrabice a somar a todas as outras, mas serviu para os Biden e o Boris meterem o Macron no redil! Bom domingo para todos!
  • Vitor Mineu
    ENFIM,..... SEMPRE A MESMA COISA!! QUANDO É QUE ACABAM AS MENTIRAS E GUERRAS MALDITAS DE SAQUE E ESCRAVIDÃO??? https://www.facebook.com/tatiana.nikolaeva.31149/posts/pfbid0UuSgWWRdhMPAurjnnPhQzeLmikr1eY5CTRRYEmNK3swDpPHfnf6xte1KaVo7Gyk4l?__cft__[0]=AZ… 
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  • Augusta Clara Matos
    E so agora é que o Macron e os outros líderes europeus estão a perceber isso?! Tinha "graça" é que ele tivesse advertido o Biden de que a Europa se poderá juntar à Rússia. Mas inteligência política nestes líderes europeus é só paleio e fogo de vista.
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  • António Dinis Delgado Fonseca
    Quando é que os eleitores europeus se revoltam contra estas imbecilidades da subserviência dos políticos europeus ao nacionalismo dos americanos do Norte? As dívidas da segunda GG já há muito que foram pagas. Num mundo que caminhava para uma globalização nas relações internacionais onde se poderia começar a fazer face às ameaças globais ao ecossistema da humanidade, eis que a supremacia militar de uma superpotência se poe a construir muros, barreiras, limites, fronteiras de um sistema nacionalista que se julgava em rápida dissolução.
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  • João Luís Videira
    A Austrália trocou os submarinos franceses pelos americanos,ainda os EUA estavam de mãos dadas com a França,o Macron em vez de recorrer aos bons ofícios de Paulo Portas( et régler le problème) deu mais um aval de confiança ao amigo americano...isto sim é a estratégia certa para a defesa da França e da Europa,só Não vê quem não quer.
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  • José Morais Fernandes
    Era de esperar, como sempre!..
    Os “franganotes europeus” parecem “perus em véspera de natal”; nós europeus, vamos parar perto! 😳🌵
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  • João Carlos Graça
    O melhor de tudo é que isto sempre foi declarado muito à vontade: "Keep the Americans in, the Europeans [aka "the Germans"] down, and the Russians out". A questão seguinte é, porém: e nós, pá? E nós, portugueses? E nós, que somos o moço de recados do moço de recado?
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  • Fernanda Ribeiro
    Os comentadores das TV's e a maioria dos que comentam no facebook ainda não lhes "caiu a ficha". Desde o início da guerra na Ucrânia que eu, concordando com o que tem escrito Carlos Matos Gomes, pensei e disse que a invasão da Ucrânia tinha por objectivo os EUA enfraquecerem a Rússia, conseguirem grandes lucros na venda de armamento e tornar a UE dependente do gás dos states. Os líderes europeus, esses que gerem os recursos de todos os contribuintes e mandam e desmandam nas politicas de cada país, deixaram-se levar por incapacidade de ver mais longe. Estamos a ser governados por medíocres.
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    • Carlos Ferraz
      Fernanda Ribeiro Deixaram-se levar, ou levaram muita malta politicamente "distraída"?
      Mediocres, ou colaboracionistas interesseiros?
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    • Fernanda Ribeiro
      Carlos Ferraz , acho que são medíocres.
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      • 1 d
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    • Hermano Couto
      Cavalos de Tróia pagos pelas multinacionais do tio patinhas, eles não vão sofrer com as sanções…
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    • Vitor Alexandre
      Fernanda Ribeiro se fossemos governados por medíocres ainda não era mau,mas,infelizmente somos governados numa era de políticos incompetentes de todo,não se aproveita um,todos eles usam joelheiras para se manterem ajoelhados aos cowboys,esses que se intitulam os policias e donos do mundo.
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  • Rui Elias Maltez
    Pobre Macron. Primeiro, os submarinos franceses que a Austrália foi convencida a não querer, depois isto... é gosto de sofrimento
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  • Antero Seguro
    Os EUA preferem que na Ucrania não fique pedra sobre pedra. A fatia de leão na sua reconstrução será para eles.
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  • José Morais
    E que dizem a isto os milhazes deste mundo na hora de encher as horas do prime time com as suas charlas de encomenda?! Triste, muito triste.
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  • Rui Miguel Silva
    A submissão da Europa aos EUA existe porque os seus governantes assim entendem. Se para mudar algo é preciso bate no fundo, quanto mais rápido melhor.
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    • 1 d
  • José Alberto M Sousa
    Estando tão claro o que está a acontecer, o que será que o Macron, e os outros líderes europeus ganham com a manutenção desta situação que levará a Europa à desunião???, para não dizer pior!
  • Antonio Nuno Marcos
    Pena que a maioria dos seres não sabem nem querem saber um dia acordam e já é tarde demais abraço só meu caro Coronel C.M.Gomes
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  • José Afonso Silva Moura
    Mas afinal quem invadiu a Ucrânia? Como foi a Rússia será que está feita com os EUA para prejudicar a Europa?
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    • 1 d
  • Vitor Monteiro
    Há por aí malta que só vai parar para pensar no dia em que lhes tirem o prato da comida !..
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    • 1 d
  • Araújo Vila Real José
    É uma vergonha este povo sem dignidade e de cabeça baixa .
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  • Gaspar Cadete
    Só não vê quem não quer que estamos a ser comidos à grande e à francesa.
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  • José B. Faria
    Bem visto, pura realidade.
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  • Jose Martins
    Linear, meu caro Senhor! Obrigado. Com o devido respeito, vou partilhar.
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  • José António Torres
    Só quem tem unhas é que toca guitarra! Nós, europeus, andamos a dormir há muito tempo.

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