quinta-feira, 28 de julho de 2022

UMAristóteles à la minute resume a guerra da Ucrânia! (veio do blog DESCARTES)...

 

ristóteles à la minute resume a guerra da Ucrânia!

A Odisseia de Homero vista por um agente de viagens. Há um invasor e um invasor. Um Mau e um Bom! Mas onde raio está o cavalo de Tróia?

No século VIII aC, Homero escreveu a Ilíada, apontado como o livro inicial da literatura ocidental, onde versava sobre a Guerra de Troia. O segundo livro, depois disso, dava conta do que aconteceu da batalha, quando Ulisses tentou regressar.

Um dos seus aspectos epopeia é o modo como está construído, com um início em media res , que foi reproduzido em mais inúmeras obras posteriores. Uma parte técnica da história literária permite que os eventos da história entrem, revelando que acontecerão antes através de memórias e flashbacks .

A Odisseia é uma narrativa política e histórica complexa, que trata entre outros temas do papel da mulher na sociedade — Penélope; fantástico e que versa sobre a descoberta de outros mundos — Poseidon; do poder, do encantamento, da tudo — Ulisses.

A Odisseia coloca a eterna questão da complexidade da luta entre o destino dos deuses e o livre-arbítrio dos personagens humanos. Na versão original, em grego antigo, a palavra que inaugura a obra é “homem”.

A Odisseia, de Homero, foi muitas vezes uma crítica dos poderosos sacerdotes que defendem o determinismo e a fé na verdade dos deus. Os manipuladores da opinião, na antiguidade como hoje, contestavam a humanidade de Ulisses, as suas dúvidas, as fraquezas. Eles tinham uma verdade e a verdade era que Ulisses tinha realizado uma viagem de barco no Mediterrâneo. Os sacerdotes da viagem, O sacerdote disse a Ilíada e a se resumir a uma cidade de um grego no Mediterrâneo. Um cruzeiro!

Há dois mil e trezentos anos, Aristóteles glosou essa interpretação manipuladora dos sacerdotes e dos poderosos fazendo o seguinte resumo da Odisseia, aquilo que os anglo-saxónicos designam por storyline : “ Certo homem anda errante muitos anos fora do seu país, vigiado por Poseidon, Entretanto em sua casa, os seus bens são desbaratados por pretendentes que conspiram também contra o seu filho. Então ele chega a casa, depois de sofrer uma tempestade e, dando-se a conhecer a alguns, ataca e salva-se matando seus inimigos. 

Quando leio resumos de uma literatura literária podem estar habilitados por escritores e por críticos de dever de interpretação se desviarem de um jornal histórico complexo, não deixar de me recordar do que escreveria um Aristóteles à “la minuta” a fazer a sinopse da guerra da Ucrânia: “Um malvado imperador da Rússia acordou mal disposto no dia 23 de fevereiro de 2022 e foi ao seu Palácio. Gritou para os seus generais: Vamos invadir a Ucrânia, que me está a dar mau sono!

Aristóteles desnudou os que acredita que a história é feita de reações pessoais a más alvoradas (como os compreendo!). A ira de Aquiles e comandante Troia da passagem por uma disputa entre ele e exércitos gregos em Troia e consumada com morte do herói tro Heitor. Uma questão de Aristóteles, como não parecia evidente aos seus tempos à la minuta, os do seu tempo e os atuais que enxameiam as televisões e os jornais. A Odisseia de um homem que viu as cidades no mar a história de muitos homens e que padeceu mil tormentos. É uma história de descoberta e conhecimento. Da complexidade das relações entre seres e sociedades com visões do mundo que são próprias. A Odisseia, como a Ilíada, são obras da inteligência, do senso, da cultura.

A questão da Ucrânia, para os aprendizes de Aristóteles à la minuta os do pensamento dominante, está resolvido: Há um mau agressivo que invadiu o território de um bom pacífico. O Aristóteles tinha toda a razão: a Odisseia é a viagem do senhor Ulisses pelo Mediterrâneo organizado por uma agência de viagens.

Nascido em 1946; militar aposentado, historiador

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