Martinho Júnior está com Mercedes Rodriguez Perez e 
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22 de fevereiro às 12:39 
A PUBLICAR NO PÁGINA GLOBAL E PELA FAI...
A EUROPA ESTÁ OCUPADA MILITARMENTE PELO IMPÉRIO DESDE A IIª GUERRA MUNDIAL.
A paulatina aproximação da NATO às fronteiras da Federação Russa destapa por completo a verdade: a Europa tem sido palco da ocupação militar do império desde a IIª Guerra Mundial e isso faz parte da IIIª Guerra Mundial não declarada do “hegemon” unipolar contra o Sul Global, pela imposição implícita do sistema de vassalagens em cadeia que essa opção bárbara gere!
Além da mentira da não expansão da NATO, conforme os encontros de 1990 agora com matéria desclassificada cujos textos, imagens e sons estão patentes nas páginas do Arquivo da Segurança Nacional, a mentira vai mais longe: com a ocupação militar (disseminação de largas dezenas de bases e dispositivos dos Estados Unidos em solo europeu, interconectando-as com os dispositivos da NATO) as “democracias representativas multipartidárias” europeias são uma fraude, por que a Europa está amarrada ao anátema militar, de inteligência e dos exclusivos interesses do “hegemon” unipolar, a ponto de não só estar completamente dependente e impedida de levar a cabo sua descolonização mental, como também assistindo, neutralizada, à venalidade mercenária institucional que impede a emancipação por via duma democracia autêntica, capaz da legitimidade participativa e de integrar com clarividência, firmeza e coerência o pelotão ávido de paz global!
Nesse aspecto e sob o ponto de vista económico, o contencioso do Nord Stream II é um exemplo ilustrativo demonstrando até onde se manifesta a impotência europeia, por que a fraude nas suas democracias, é sinónimo de completa submissão ao “diktat” da ocupação em regime de exclusividade do “hegemon” unipolar!
Os acontecimentos na Ucrânia impulsionados com as duas Revoluções Coloridas (2004/5 e 2014) que derrubaram governos e moldaram à feição do “hegemon” unipolar o artifício implantado em Kiev, foi a manobra forçada que culminava a extensão da NATO até às fronteiras russas, fechando o espaço continental entre os Mares Báltico e Negro e ameaçando a segurança vital do coração europeu da Federação Russa!
Por causa da expressão sincronizada Pentágono-NATO, o chão agora está teluricamente a fugir debaixo dos pés dos estados componentes da União Europeia, em especial dos que são simultaneamente membros da NATO e dos que têm no seu solo bases militares dos Estados Unidos, a começar na Alemanha e a acabar em Portugal, ou nas Repúblicas Bálticas, ou ainda na Roménia, na Bulgária e na Turquia, ainda que o governo de Erdogan espreite oportunisticamente brechas, explorando ambíguas geoestratégias próprias no sul da EurÁsia e em África!
A instrumentalização do Pentágono (CENTCOM, EUROCOM e AFRICOM, além da 6ª Frota Naval) leva por arrasto a NATO na assumpção do projecto da Europa ocupada, tão ocupada que permite até que a sede do AFRICOM se encontre em Estugarda (Alemanha, o país com mais bases estado-unidenses da Europa), um sinal mais que evidente de quanto os processos de ocupação neocolonial em cadeia estão interligados e interconectados em função do “hegemon” unipolar!
A Europa a partir de agora vai aquecer em banho-maria perante a oportunidade disjuntiva de continuar a fazer parte da barbárie que só conduz à guerra (a NATO é sua expressão, ainda que não seja a maior), ou atraída à civilização que chega da imensa frescura do leste propondo multilateralismo, multiculturalismo, comércio, acesso a produtos energéticos mais baratos e menos poluentes, novas rotas da seda transcontinentais, marítimas e aéreas, participação, descolonização mental e por fim, paz!
Quanto a África, num sinal de independência, soberania e multilateralismo, tem agora a oportunidade de retirar de Kiev todas as suas embaixadas e colocá-las nas Repúblicas Populares do Donbass!
Há que renunciar à barbaridade dos fantoches de carácter feudal que só existem por que são instrumentos de guerra e África é o continente que mais ávido está de paz!...
Martinho Júnior, 22 de Fevereiro de 2022.
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