sábado, 12 de junho de 2021

TEXTO E FOTOS DE MATOS SERRA, SENDO UMA DAS MEMÓRIAS DE HÁ 2 ANOS...

 

RECORDANDO
VALE A PENA RECORDARMOS
QUE FOI S. GERÓNIMO QUE, EM OUTUBRO
DE 2015 DISSE, OPORTUNAMENTE,
A D. COSTA QUE, PARA ATENUAR
OS DESMESURADOS SACRIFÍCIOS
DO POVO, O PS SÓ NÃO FORMARIA
GOVERNO SE NÃO QUISESSE…
MAS… TAMBÉM VALE A PENA
PENSAR-SE, PROFUNDAMENTE,
QUE ESTE NEOLIBERALISMO
TROGLODITA TEM QUE ACABAR E
IMPLEMENTAR-SE UM OUTRO FI-
GURINO POLÍTICO-ECONÓMICO
PARA QUE A SOCIEDADE POSSA
SER SALVA… QUERO DIZER…
REGRESSARMOS AO SONHO
DE ABRIL INTERROMPIDO PELOS
VENTOS NEOLIBERAIS DE NOVEMBRO.
Quando, no seguimento do 04 de outubro de 2015, começou a gizar-se um entendimento, na perspetiva de um programa de governo, do Partido Socialista, apoiado por forças à sua esquerda, nomeadamente, como veio a verificar-se, pelo PCP, pelo BE e pelo PEV, alterando a fatalidade desse ARCO, do esgotado bailinho governativo, o clássico a três, em que os bailadores mores, PSD e PS, quando não tinham mandamento para bailar a solo, iam buscar a dama predileta, o CDS-PP, para bailarem, a dois, sempre a mesma valsa “neoliberal”… Na perspetiva de alteração desse baile mandado, em que os próceres do dictat neoliberal tinha assumido, para si, que algumas forças políticas, (partidos) em que uma parte do povo votava e se considerava, democraticamente, representado, não tinham os mesmos direitos, designadamente, o de fazerem parte da governação do país… Nessa perspetiva, ia eu a dizer…e quando a dupla da austeridade pensava, a todo o custo, manter-se no poder…ao perspetivar-se uma alternativa no entendimento das forças políticas da esquerda, visando um acordo de governo, logo se levantaram muitas vozes de gente defensora dessa política, ultra-neoliberal, empenhada em continuar, na via da austeridade a degradar, cada vez mais, a vida da maior parte das famílias portuguesas…
Recordo aqui, como exemplo dessas vozes, de vira o disco e toca a mesma…a de um senhor que já passou pelo Ministério das Finanças de um desses governos de lesa Pátria, fruiu vantagens no desgraçado processo de passagem dos setores estratégicos do país para mãos privadas e estrangeiras e assumiu, depois, chorudas alcavalas cumulativas, ao serviço dos novos donos de um desses setores privatizados para daí fruir mais uma desmesurada, imoral e escandalosa renda mensal…Esse senhor que aponto, como exemplo, entre muitos outros, sem pessoalizar, expressamente, pois não me interessa o ataque pessoal mas, tão somente, participar, desta forma possível, na luta contra este sistema desumano, desequilibrado e injusto… que, por uma questão de higiene moral não referencio expressamente, nem valeria a pena… já que me interessa, sim, é repudiar o sistema que criou esta vergonhosa política de classe e de lesa Pátria que alimenta a gula, desmesurada, dos seus agentes que são capazes de vender a vitalidade económica da Pátria em seu proveito pessoal .
A perlenga desse senhor, que, por acaso, foi pública, era igual á de muitos outros ou de outras, que, em surdina, faziam o mesmo zum-zum… e não poderia, na altura, ser outra…com ela distorciam as realidades para construírem um discurso à medida das suas aspirações gananciosas…
Diziam, o senhor em epígrafe, publicamente, acompanhado, num ruído surdo, por muitos outros, que o PS deveria estar a ajudar esse governo, feito de párias que conquistaram o poder enganando o povo com mentiras e falsas promessas, para assim, esse governo antidemocrático e anticonstitucional, porque estribado em mentiras e falsas promessas, logo, violador da Constituição da República, matar, dois coelhos com a mesma cajadada…acabar com o PS que, no próximo futuro, o eleitorado desprezaria, transformando-o num vulgar PASOK sem expressão, e ser, por ele, PS, ajudado nas suas políticas contra o povo português, a favor da clique austeritária de que o clube do referido senhor fazia parte…Aqui deixo o meu aviso de que eles não desistiram dessa manobra. O senhor que agora assumiu a presidência do saco de gatos que é o PSD, como à saciedade ficou demonstrado…sabendo, perfeitamente, que um saco de gatos nunca poderá governar Portugal… já fala, por si e por entrepostos apaniguados, em tudo o que é pasquim e nas TVs, no governo do “Bloco Central”, uma forma de copularem Portugal e, juntamente, o próprio PS, o que seria uma cópula pouco agridoce (Desculpem o erotismo das palavras)
O discurso do tal senhor de que falei, um ex-ministro de finanças dos neoliberais puríssimos e o de outros como ele…introduzia, também, mais uma falsidade, então propalada aos quatro ventos, com que, os defensores e adeptos desse desgoverno, tentavam amedrontar o povo com o quadro que se vislumbrava, de um acordo à esquerda que poria borda fora esse governo de lesa Pátria…
Essa falsidade radicava no espantalho do não alinhamento, das forças políticas à esquerda do Partido Socialista, nas subordinações ao euro e à NATO e ao torniquete da impagável dívida, sendo que, essas forças políticas preconizavam, (e continuam a preconizar) mormente o PCP, uma preparação, para eventualidades futuras, de renegociação da dívida e saída voluntária ou forçada do torniquete da dívida e do euro.
Ora, a política de entendimento, para um governo PS, que esses senhores fingiam desconhecer, assentava e assenta em plataformas de entendimento para programas comumente aceites para planeamentos de governação futura, viabilizado à esquerda pelas forças políticas representadas na AR (Assembleia da República) e que, as partes abdicariam, para se ultrapassar essa aguda fase imposta ao povo, de aspetos programáticos próprios, a favor de um programa, aceite em comum, que salvaguardasse, pelo menos no essencial, a dignidade e o bem-estar do povo…Não se tratava, como os comentadores encartados queriam fazer crer, destas forças de esquerda eliminarem dos seus programas específicos, esses parâmetros fundamentais da sua política de libertação futura.
Todos aqueles, de nós, em que ainda permanece o sentido de justiça, de moral, de patriotismo e amor à dignidade e independência da Pátria… sabemos que a dívida e a sua gestão agiota faz parte da política neoliberal exploradora e especulativa, que a NATO é um instrumento agressivo, ao serviço, não de uma defesa mas, sim, de uma ofensa dos povos…e que o euro é um garrote que afronta a liberdade política e económica de que, mais tarde ou mais cedo (e deveria ser mais cedo) os povos, amantes da paz, da justiça e da dignidade terão que libertar-se… contudo… a prioridade era (e continua a ser) libertarmo-nos da austeridade cruel que, nessa altura a aliança PSD/CDS-PP configurava.
A bem da Pátria e do Povo… esta era (e continua sendo) a sagrada luta, numa frente de esquerda PS/BE/PCP/PEV, apoiando um governo PS que afaste, definitivamente, os insaciáveis da austeridade que consideram que o povo, enquanto não morrer à fome, estará a viver acima das suas possibilidades.
Como pode aceitar-se que, um país que fez abril… (que uns tantos traíram) enquanto alguns beneficiados do atual sistema tenham, no transato ano auferido cerca de 7000 (sete mil) euros diários numa empresa prestadora de serviços ao povo, como muito recentemente, foi noticiado, se considere demasiado um salário mínimo de 600 euros mês para sustento de uma família trabalhadora… que contas sabem fazer estes governantes e estes economistas…A mim que, fui operacional no 25 de abril de 1974, pegando em armas para ajudar a arredar um sistema e um governo despótico, imoral e injusto, não me queiram fazer ter vergonha de ser português…
Quero, depois de mais de quarenta anos de baile mandado a dançarmos o arquinho e balão do PS/PSD/CDS-PP, deixar o público testemunho a quantos tiveram a coragem, a sensatez e o discernimento para uma atitude nova como protagonistas de algo que, apesar de tudo… é uma lufada de ar fresco na política portuguesa que poderá marcar, indelevelmente, a história político-social da nossa Pátria, por um futuro de maior dignidade e bem-estar dos portugueses, porque a HISTÓRIA haverá de ser feita com coragem, coerência, respeito, moral e justiça… e em unidade dos seus melhores filhos.
Que seja esta a primeira etapa na construção de um futuro melhor para todos se soubermos aprofundar, criativamente, esta primeira etapa, varrer os vícios e os desmandos neoliberais que continuam latentes e reconduzirmo-nos ao sonho de abril. E o sonho de abril não era meter-se na gaveta outro sonho antigo… o sonho de uma sociedade socialista, cada vez mais pertinente neste mundo a caminhar para a barbárie e para o regresso à escravatura. Com este sonho metido na gaveta ninguém tenha esperanças numa sociedade justa…
Matos Serra,
Um Capitão de abril que ainda não deixou de sonhar.
Matos Serra partilhou uma memória.
23 h 
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