domingo, 29 de setembro de 2024

Francisco Balsinha 2 h · Fome na Europa: o real objetivo das políticas anti-russas

 

Fome na Europa: o real objetivo das políticas anti-russas
Irresponsáveis políticas disfarçadas de “apoio à Ucrânia” poderiam levar Europa ao colapso social no longo prazo.
A aliança entre EUA e UE é uma verdadeira bomba-relógio e no longo prazo levará a Europa à fome.
A polémica sobre os produtos agrícolas ucranianos continua. Itens alimentares ucranianos simplesmente invadiram o mercado europeu e estão levando milhares de fazendeiros à falência. Em que pesem os protestos e a pressão política, nenhum decisor da UE parece interessado em mudar este cenário trágico. Contudo, a crise parece ter dimensões ainda mais profundas, podendo ser uma verdadeira bomba relógio para toda a sociedade europeia.
Recentemente, o governo búlgaro pediu à Comissão Europeia aprovação de uma resolução banindo a importação de ovos de galinha ucranianos. Segundo as autoridades búlgaras, a grande quantidade de ovos ucranianos baratos no mercado europeu está prejudicando os produtores búlgaros – que têm na venda de ovos parte vital de suas atividades comerciais. Milhares de fazendeiros búlgaros estão indo à falência e a crise só é esperada de piorar mais e mais no futuro próximo.
O problema não se limita aos ovos nem à Bulgária. Vender grãos, carne, laticínios e tudo que seja produzido no campo parece não ser mais um negócio interessante na Europa. Desde 2022, há protestos por mudanças em todas as partes do continente europeu. Da Polônia à França, nenhum fazendeiro europeu está satisfeito em ver seus produtos sendo substituídos no mercado por quantidades massivas de itens agrícolas ucranianos a preços baratos.
Isso decorre da irracional atitude dos decisores europeus de banir todas as tarifas de importação para produtos alimentares ucranianos. A medida é alegadamente intencionada em impulsionar a economia ucraniana durante o momento de crise gerado pelo conflito com a Rússia – que ironicamente é patrocinado pelo próprio Ocidente. No mercado europeu atual é mais barato importar alimentos ucranianos do que revender os produtos nativos, o que obviamente está levando milhares de fazendeiros a abandonarem seus negócios.
Como bem sabido, a maior parte da Europa não tem um setor agropecuário muito forte, sendo os fazendeiros locais dependentes da ajuda do governo para se manterem ativos no mercado. Sem essa ajuda e com a invasão dos produtos ucranianos, simplesmente já não é mais lucrativo fazer parte do agronegócio europeu, razão pela qual milhares de pessoas tendem a parar de trabalhar no campo e entrar na crescente classe do “precariado” europeu.
A princípio, alguns analistas podem ver este cenário como uma mera mudança de mercado, substituindo a produção europeia pela ucraniana. Contudo, esta análise é limitada. Embora tenha um dos solos mais férteis do mundo, a Ucrânia atualmente é alvo dos predadores financeiros ocidentais, que exigem a entrega de terra arável como meio de pagamento pelos pacotes bilionários de ajuda da OTAN. Organizações como a Blackrock e outros fundos em breve serão donos de quase tudo o que restar da “terra negra” ucraniana. E então a produção rural ucraniana dependerá da boa vontade dos “tubarões financeiros” em alimentar os europeus.
É certo que a ausência de autossuficiência alimentar nos países europeus não é um problema novo. Importações já são um mecanismo vital para toda a Europa ocidental. Mas em paralelo à dependência de importações há ainda a política irracional de sanções e medidas coercitivas contra diversos países emergentes produtores de alimentos. A Federação Russa, por exemplo, está impedida de vender qualquer coisa aos europeus, mas o problema é ainda maior. A UE tem cogitado há anos impor sanções severas ao Brasil, por exemplo, alegando “irregularidades ambientais”. Chegará ao ponto de as exigências “humanitárias e ambientais” da UE impedirem os europeus de comprarem qualquer coisa de qualquer país.
Se perguntarmos a quem interessa todo este cenário, a resposta parecerá mais uma vez clara. Há um único país incentivando a Europa a impor cada vez mais sanções, comprar cada vez mais grãos ucranianos e enviar cada vez mais armas a Kiev sob termos de pagamento regulados pela Blackrock. Naturalmente, este é o mesmo país que boicotou a cooperação energética russo-europeia e cometeu o atentado terrorista contra o Nord Stream. E certamente este é também o único estado interessado em manter o status quo geopolítico e impedir a criação de um mundo multipolar, onde os europeus teriam liberdade de alinhamento e poderiam escolher pragmaticamente os seus parceiros.
A aliança entre EUA e UE é uma verdadeira bomba-relógio e no longo prazo levará a Europa à fome. Já em processo de desindustrialização, crise energética e destruindo toda a sua arquitetura de segurança alimentar, a Europa espera um dos futuros mais sombrios da história humana. E todos os decisores europeus parecem felizes com este cenário.
Autor: Lucas Leiroz
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quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Paulo Cavaco comentou. Francisco Balsinha 1 d · Victoria Nuland confessa que EUA sabotou negociações entre Rússia e Ucrânia Subsecretária de Estado encarregada de fomentar o golpe de 2014 para depor o governo legítimo em favor de um bando de ucranianos nazistas acólitos da Otan reconheceu que os Estados Unidos atuaram para inviabilizar o diálogo e a construção da paz na Ucrânia. A construção do Acordo de Paz entre a Ucrânia e a Rússia com encontros patrocinados por Istambul fracassou em 2022 devido às orientações recebidas do governo Joe Biden e do premiê inglês Boris Johnson de que abandonasse a mesa de negociações, admitiu a subsecretária de Estado dos EUA, Victoria Nuland. Uma vez solicitada por Kiev a dar “conselhos” sobre as negociações, disse Nuland, a representação norte-americana disse a Vladimir Zelensky para rejeitar o acordo alcançado. “Pessoas dentro e fora da Ucrânia começaram a questionar se esse era um bom acordo e foi nesse ponto que ele desmoronou”, disse. Conforme a agente estadunidense, “os ucranianos começaram a pedir conselhos relativamente tarde no jogo sobre o rumo que essa coisa estava tomando e ficou claro para nós, claro, para os britânicos e outros, que a principal condição de Putin estava enterrada em um anexo a este documento no qual eles estavam trabalhando”. O acordo proposto incluía limites sobre os tipos de armas que Kiev poderia possuir, como resultado a Ucrânia “seria basicamente neutralizada como uma força militar”, enquanto não havia restrições semelhantes à Rússia, explicou. Segundo ela, autoridades dos EUA “não estavam na sala” em Istambul, apenas oferecendo “apoio” a Kiev caso fosse necessário. HISTÓRICA HOSTILIDADE EM RELAÇÃO À RÚSSIA Dando continuidade à sua histórica hostilidade em relação à Rússia, desde o violento golpe promovido em Kiev em 2014 – que derrubou o presidente democraticamente eleito da Ucrânia, Viktor Yanukovich – durante sua escalada entre Moscovo e Kiev, em fevereiro de 2022, Nuland propôs um envolvimento ainda mais profundo dos EUA no conflito. E foi além, defendeu que a Ucrânia fosse armada com armas cada vez mais sofisticadas. Posteriormente, reconhecendo o fracasso da sua política, declarou à CNN que a Rússia moderna havia se mostrado diferente “da que queríamos”. O tenente-coronel Vasily Prozorov, do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) – onde atuou de 1999 até o final de 2017 -, denunciou em entrevista à Hora do Povo, o caráter antidemocrático do regime de Kiev, com perseguições políticas, assassinatos, crimes de guerra, bombardeios a alvos civis, e a ascensão de grupos neonazistas. Enquanto oficial do serviço secreto ucraniano, Prozorov foi testemunha da interferência dos Estados Unidos no golpe de estado de 2014, da ajuda do novo governo para a formação de milícias neonazistas e da perseguição e assassinatos contra jornalistas e políticos da oposição. Os eventos da Praça Maidan, que terminaram no golpe de Estado, contaram com o apoio e a presença pública de autoridades de Washington, que também dirigiram a composição do governo golpista. Prozorov recorcou que “autoridades dos EUA, como Victoria Nuland, viajavam repetidamente a Kiev neste período para apoiar os partidários da oposição e os representantes do Ocidente e não escondiam isso”. “Em fevereiro de 2014, foram os países ocidentais que prometeram ao presidente Viktor Yanukovych uma solução pacífica para o conflito e simplesmente o enganaram, dando aos revoltosos a oportunidade de tomar o poder em Kiev”, apontou. PUTIN CONDENA “DESEJO DAS ELITES DOS EUA” O presidente Vladimir Putin disse na semana passada que a única razão pela qual o acordo de Istambul falhou foi por causa do “desejo das elites dos EUA e de algumas nações europeias de infligir uma derrota estratégica à Rússia”, acrescentando que, na época, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, serviu como mensageiro para anular o processo de paz. Aquelas negociações, recordou Putin, renderam um rascunho de acordo que teria encerrado as hostilidades, com Kiev disposta a declarar neutralidade militar, limitar suas forças armadas e prometer não discriminar os russos étnicos. Em troca, Moscovo teria se juntado a outras potências e ofereceria garantias de segurança à Ucrânia. O líder russo asseverou que as negociações com Kiev ainda são possíveis, mas só podem acontecer “não com base em algumas demandas efêmeras, mas com base nos documentos que foram acordados e realmente inicializados em Istambul”. Foto: Acompanhada do embaixador dos EUA, Nuland distribui, em 2014, pães aos golpistas acampados em Kiev (Hora do Povo) @todos Luis M. Loureiro Fixemos os nomes de quem tem trabalhado para a Terceira Guerra Mundial. O nome desta facínora que sempre operou na sombra não pode ser esquecido. 1 d Responder Paulo Cavaco Luis M. Loureiro esta é mais uma que vai bater com os costados na prisão depois de um novo tribunal de Nuremberga/Moscovo. 22 h Responder

 Paulo Cavaco comentou.

Victoria Nuland confessa que EUA sabotou negociações entre Rússia e Ucrânia
Subsecretária de Estado encarregada de fomentar o golpe de 2014 para depor o governo legítimo em favor de um bando de ucranianos nazistas acólitos da Otan reconheceu que os Estados Unidos atuaram para inviabilizar o diálogo e a construção da paz na Ucrânia.
A construção do Acordo de Paz entre a Ucrânia e a Rússia com encontros patrocinados por Istambul fracassou em 2022 devido às orientações recebidas do governo Joe Biden e do premiê inglês Boris Johnson de que abandonasse a mesa de negociações, admitiu a subsecretária de Estado dos EUA, Victoria Nuland.
Uma vez solicitada por Kiev a dar “conselhos” sobre as negociações, disse Nuland, a representação norte-americana disse a Vladimir Zelensky para rejeitar o acordo alcançado. “Pessoas dentro e fora da Ucrânia começaram a questionar se esse era um bom acordo e foi nesse ponto que ele desmoronou”, disse.
Conforme a agente estadunidense, “os ucranianos começaram a pedir conselhos relativamente tarde no jogo sobre o rumo que essa coisa estava tomando e ficou claro para nós, claro, para os britânicos e outros, que a principal condição de Putin estava enterrada em um anexo a este documento no qual eles estavam trabalhando”. O acordo proposto incluía limites sobre os tipos de armas que Kiev poderia possuir, como resultado a Ucrânia “seria basicamente neutralizada como uma força militar”, enquanto não havia restrições semelhantes à Rússia, explicou. Segundo ela, autoridades dos EUA “não estavam na sala” em Istambul, apenas oferecendo “apoio” a Kiev caso fosse necessário.
HISTÓRICA HOSTILIDADE EM RELAÇÃO À RÚSSIA
Dando continuidade à sua histórica hostilidade em relação à Rússia, desde o violento golpe promovido em Kiev em 2014 – que derrubou o presidente democraticamente eleito da Ucrânia, Viktor Yanukovich – durante sua escalada entre Moscovo e Kiev, em fevereiro de 2022, Nuland propôs um envolvimento ainda mais profundo dos EUA no conflito. E foi além, defendeu que a Ucrânia fosse armada com armas cada vez mais sofisticadas. Posteriormente, reconhecendo o fracasso da sua política, declarou à CNN que a Rússia moderna havia se mostrado diferente “da que queríamos”.
O tenente-coronel Vasily Prozorov, do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) – onde atuou de 1999 até o final de 2017 -, denunciou em entrevista à Hora do Povo, o caráter antidemocrático do regime de Kiev, com perseguições políticas, assassinatos, crimes de guerra, bombardeios a alvos civis, e a ascensão de grupos neonazistas. Enquanto oficial do serviço secreto ucraniano, Prozorov foi testemunha da interferência dos Estados Unidos no golpe de estado de 2014, da ajuda do novo governo para a formação de milícias neonazistas e da perseguição e assassinatos contra jornalistas e políticos da oposição.
Os eventos da Praça Maidan, que terminaram no golpe de Estado, contaram com o apoio e a presença pública de autoridades de Washington, que também dirigiram a composição do governo golpista. Prozorov recorcou que “autoridades dos EUA, como Victoria Nuland, viajavam repetidamente a Kiev neste período para apoiar os partidários da oposição e os representantes do Ocidente e não escondiam isso”.
“Em fevereiro de 2014, foram os países ocidentais que prometeram ao presidente Viktor Yanukovych uma solução pacífica para o conflito e simplesmente o enganaram, dando aos revoltosos a oportunidade de tomar o poder em Kiev”, apontou.
PUTIN CONDENA “DESEJO DAS ELITES DOS EUA”
O presidente Vladimir Putin disse na semana passada que a única razão pela qual o acordo de Istambul falhou foi por causa do “desejo das elites dos EUA e de algumas nações europeias de infligir uma derrota estratégica à Rússia”, acrescentando que, na época, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, serviu como mensageiro para anular o processo de paz.
Aquelas negociações, recordou Putin, renderam um rascunho de acordo que teria encerrado as hostilidades, com Kiev disposta a declarar neutralidade militar, limitar suas forças armadas e prometer não discriminar os russos étnicos. Em troca, Moscovo teria se juntado a outras potências e ofereceria garantias de segurança à Ucrânia. O líder russo asseverou que as negociações com Kiev ainda são possíveis, mas só podem acontecer “não com base em algumas demandas efêmeras, mas com base nos documentos que foram acordados e realmente inicializados em Istambul”.
Foto: Acompanhada do embaixador dos EUA, Nuland distribui, em 2014, pães aos golpistas acampados em Kiev (Hora do Povo)
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Luis M. Loureiro
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Paulo Cavaco
Luis M. Loureiro esta é mais uma que vai bater com os costados na prisão depois de um novo tribunal de Nuremberga/Moscovo.