sábado, 30 de outubro de 2021

Texto de Jorge C, sobre o Festival Literário Internacional de Óbidos...

 

Crime, disse ela!

Em primeiro lugar, temos a ortografia como o fim último da expressão escrita. Depois, temos uma relação entre pensar mal e ser ignorante, o que nos leva a perguntar: o que é pensar mal?

Créditos/ Óbidos Diário

OFestival Literário Internacional de Óbidos – Folio – tem todas as condições para servir de cenário a uma história de psicopatia e homicídio. Por toda a vila de Óbidos há uma tentativa desesperada de perfeição, uma obsessão com a harmonia das coisas em tons de pastel e sorrisos de realeza.

O som dos passarinhos é substituído pelas vozes melífluas que, aos microfones, conduzem conversas literárias cheias de bonomia e uma vaidade contida que anseia por se revelar debaixo da caxemira. Entre os paralelos e as casinhas castiças, uma bicicleta inútil com um cestinho com livros indiferenciados completa esta complexa estética das vidas simples. Só um coração sem qualquer maldade não veria aqui um psicopata a emergir.

O Folio não é só um exemplo de como o turismo se transformou na única alternativa de muitas localidades. O festival demonstra bem como a cultura, trabalhada enquanto entretenimento, pode ser um produto turístico com tanto valor como o chocolate e a ginja. O produto que está ali à venda não é, contudo, a literatura. Em Óbidos vende-se um sonho de pertencer a um mundo literário, passear no meio de escritores e editores, críticos, jornalistas e outras personalidades que preenchem o espectro desse imaginário de sofisticação e vanguardismo intelectual. A aparência do ser culto constitui-se como um imperativo moral e um gesto necessário de pertença.

«Em Óbidos vende-se um sonho de pertencer a um mundo literário, passear no meio de escritores e editores, críticos, jornalistas e outras personalidades que preenchem o espectro desse imaginário de sofisticação e vanguardismo intelectual.»

Há uns anos, a propósito da chacota com a forma de falar de Jorge Jesus, Manuel Sérgio dizia que há no mundo intelectual uma certa sobranceria, um complexo de superioridade, muito semelhante ao dos aristocratas, como se a intelectualidade lhes estivesse no sangue. A consequência disso é um julgamento público das capacidades intelectuais e cognitivas das pessoas que não partilham a mesma condição e a criação de uma divisão cujos critérios são, essencialmente, classistas.

Apesar da total ausência de confronto no mundo literário (se queremos polémicas temos de ir às páginas da Vértice dos anos 50 e 60), há conceções de vários assuntos que saem de festivais como o Folio que necessitam urgentemente de uma análise crítica e de discussão. Naqueles espaços existe uma espécie de pacto de não-agressão, para não ferir suscetibilidades e para parecermos todos muito civilizados. Provocar uma discussão, entrar em desacordo frontal, é quebrar aquela harmonia e desestabilizar aquele sistema de relações públicas, dependente, que tenta sobreviver num país pequeno e periférico. Mas, sem este confronto, corremos o risco de agravar ainda mais os problemas de acesso à cultura. Há determinado tipo de ideias que, não tendo qualquer contraditório, se disseminam e criam clivagens socioculturais de difícil reversão.

Veja-se, por exemplo, este texto de Paula Perfeito, apresentado no Folio a propósito do projeto literário Bode Inspiratório. A certa altura, a jornalista conta que em conversa com o filho disse que «quando escrevemos com erros, significa que pensamos mal». A facilidade com que isto é dito sugere-nos que esta ideia lhe parece consolidada, comprovada, certamente pela profunda análise social feita a partir da relação entre a ortografia e o processo cognitivo.

Este fetiche com a ortografia não nos é estranho, claro. Já assistimos a algo parecido nas discussões sobre o acordo ortográfico (que permanecerão mesmo depois do apocalipse). Em primeiro lugar, temos a ortografia como o fim último da expressão escrita. Depois, temos uma relação entre pensar mal e ser ignorante, o que nos leva a perguntar: o que é pensar mal?

Consigo imaginar uma dezena de razões para as pessoas darem erros ortográficos (ou até gramaticais, que são bem mais frequentes e menos percetíveis). Entre a dislexia e as várias circunstâncias do acesso à educação, tenho alguma dificuldade em fazer a associação implacável de Paula Perfeito.

Considerar que dar erros na escrita é um sintoma de mau pensamento é o mesmo que tratar o analfabetismo como uma falha do caráter, uma inevitabilidade moral. Essa conclusão não é só um erro de análise. Ela reflecte uma posição de classe, mesmo que sem consciência – a posição de quem vive alheado da realidade dos outros.

Há muitos anos, era eu um adolescente, entrei com um amigo numa livraria no Porto, frequentada por bastantes operários da zona. Enquanto procurávamos qualquer coisa que nos interessasse, uma mulher de bata e chinelos entrou na mesma loja, dirigindo-se à caixa e perguntando à livreira por um disco ao vivo do José Mário Branco. A mulher jurava que havia um disco ao vivo chamado Remendos e Côdeas, como a canção de 1978 de A Mãe.

A discussão envolveu uma troca de argumentos sobre censura e sobre a importância de o disco se chamar Remendos e Côdeas. Não me recordando bem da conclusão, lembro-me sim de uma mulher destemida a discutir com uma livreira sobre assuntos que na altura eu julgava só estarem reservados a uma elite. Imagino que aquela mulher não tivesse nenhum doutoramento em cultura popular contemporânea, mas a forma como expressou as suas ideias, o caráter revolucionário das suas ideias, é ainda um dos momentos mais marcantes da minha formação enquanto indivíduo.

«Há muitos anos, era eu um adolescente, entrei com um amigo numa livraria no Porto, frequentada por bastantes operários da zona. Enquanto procurávamos qualquer coisa que nos interessasse, uma mulher de bata e chinelos entrou na mesma loja, dirigindo-se à caixa e perguntando à livreira por um disco ao vivo do José Mário Branco. A mulher jurava que havia um disco ao vivo chamado Remendos e Côdeas, como a canção de 1978 de A Mãe.»

O que falta nestes festivais de literatura é aquilo que falta em praticamente todo o setor da cultura: o acesso de todos à criação, produção e fruição cultural. O Folio, como as Correntes d' Escrita, e outras iniciativas da família, estão feitos para um nicho. Neles não vemos uma única área onde se procure ouvir a classe operária sobre cultura.

Mas, a literatura não se faz sem a classe operária. Ela está, aliás, presente em toda a sua história, mesmo que subentendida, e sobretudo no seu processo de produção. Acredito que sem a sua presença, que não é nem pensada nem estimulada, se torne mais fácil simplificar estereótipos e tirar conclusões, que acabarão validadas pela anuência desse mesmo nicho. Porém, não se pode ignorar o caráter proletário desse processo de produção, nem deixar de envolver os seus protagonistas numa programação sobre cultura.

Sabemos, porém, que a necessidade do turismo, visto da perspetiva do capitalismo, dita que o sucesso de uma iniciativa está dependente da captação do «público-alvo» e da promoção de uma «experiência» que «inspire» os «clientes». É a cultura num parque de diversões que muda de cenário de quatro em quatro meses, conforme o tema – hoje, mundo dos livros; amanhã, aldeia do chocolate.

Não sei quando regressarei a Óbidos. Mas não minto se disser que me assusta um aglomerado de tanta gente perfeita, tanto cenário de ficção policial em pequena vila castiça. Sinto-me bem mais seguro nas imperfeições, nos «erros» e nas contradições da realidade.


O autor escreve ao abrigo do Acordo Ortográfico (AO 90)

TÓPICO

A Sindrome de Havana e Colin Powel e as armas de destruição maciça no Iraque...

 




O falecimento do ex-secretário de Estado Colin Powell proporcionou a ocasião para reflexão sobre o ato mais importante do homem, que também passou a ser o mais vergonhoso: seu discurso de fevereiro de 2003 nas Nações Unidas, no qual ele expôs de forma persuasiva uma série de evidências falsas de que os iraquianos abrigavam um estoque substancial de armas de destruição em massa, ou WMDs, clamando enfaticamente pela guerra em resposta.


Apesar dos aparentes receios de Powell por trás de portas fechadas, a figura influente legitimou totalmente o fervor belicista fabricado por traficantes de obscenidades chauvinistas em todo o governo Bush e seus papagaios na mídia. Ele transmitiu uma certeza inabalável ao descrever processos de manufatura encobertos que não haviam acontecido, deturpado conversas interceptadas e repetidas conjecturas esboçadas como verdade incontestável. Ao fazer isso, Powell essencialmente lavou o caso duvidoso de uma resposta militar simultaneamente preventiva e retaliatória, emprestando sua credibilidade pessoal para persuadir os opositores a torcer por uma invasão. Esta é precisamente a razão pela qual ele foi escolhido para a tarefa e, segundo todos os relatos, forneceu a cobertura política necessária para o que se tornaria a confusão brutal e colossal cujas consequências ainda reverberam violentamente, quase duas décadas e um milhão de mortes depois.


A lembrança posterior de Powell do episódio como "doloroso" e "uma mancha no meu histórico" dificilmente parece forte o suficiente. É impossível olhar para esta época e não querer gritar um assassinato sangrento para Powell e seus companheiros, que inventaram um argumento amadorístico de que o Iraque possuía armas de destruição em massa a partir de elisões e suposições. Este foi o raciocínio motivado de aberrações ultrarriculares babando-se com a perspectiva de fechar contratos militares de luxo e instalar homens-sim em novos mercados globais.


Por relatos destemidos em defesa da democracia,

Inscreva-se agora!

Se inscrever

Como alguém muito jovem para ter vivido a fase inicial de estadista aparentemente fabulosa de Powell, aprendi pouco com seu legado além de duas lições estupidamente óbvias: o limite para insistir que uma potência estrangeira hostil está acumulando armas para nos atacar deve ser incrivelmente alto, e os espectadores devem chamar besteira quando esses padrões não são atendidos. Portanto, espero que me perdoem por estar totalmente apoplético ao assistir a este capítulo mentiroso de nossa história recente se repetindo como "Síndrome de Havana", com uma nova geração de réprobos empurrando armas de faz-de-conta goela abaixo, jurando imprudentemente que esses estão causando uma série de ataques misteriosos, nenhum dos quais realmente aconteceu.


Por quase cinco anos, ampla faixa da mídia e do governo federal têm defendido a ideia de que armas de energia dirigida de ponta - até então desconhecidas para a ciência e supostamente desenvolvidas e manejadas em segredo pela Rússia ou China - estão por trás de sintomas médicos extremamente comuns experimentados por Funcionários diplomáticos e de inteligência dos EUA estacionados em todo o mundo. Começando no final de 2016, exatamente quando o governo Trump ameaçava reverter drasticamente anos de política dos EUA em relação a Cuba, os indivíduos que trabalhavam lá começaram a relatar coisas como dores de cabeça, tontura, fadiga e névoa cerebral - sintomas que podem causar imenso sofrimento, mas infelizmente são entre as queixas médicas mais comuns na terra.


Como alguns deles relataram um som estridente estridente em algum momento próximo ao início dos sintomas, a improvável tese das “armas de alta tecnologia” se consolidou desde o início. (O fato de uma gravação do ruído fornecida pelo paciente ter sido posteriormente encontrada por duas equipes investigativas distintas como sendo grilos contribuiu assustadoramente para desalojar essa noção.)


Depois que os funcionários em Cuba foram alertados para serem hipervigilantes quanto à vigilância de sintomas que, de acordo com o que lhes foi dito, poderiam indicar que estavam sendo alvos de uma potência estrangeira hostil, os casos se espalharam sem surpresa à medida que cada vez mais pessoas supostamente apavoradas vinham se sentindo mal . Em alguns casos, parece provável que os sintomas tenham sido desencadeados por estresse, depressão ou ansiedade; em outros, os sintomas de uma série de coisas provavelmente foram erroneamente atribuídos a ataques. Em suma, como Robert Bartholomew e Robert Baloh argumentaram de forma persuasiva, “Síndrome de Havana” se encaixa no padrão clássico de doença sociogênica em massa. As alegadas armas de energia dirigida são tão reais quanto os feitiços demoníacos eram em Salem do final do século XVII.

Mas, irritantemente, a alegação de que condições como enxaquecas são na verdade prova de ataques direcionados permaneceu. Assim como em 2003, isso foi forjado a partir de uma combinação tóxica de inteligência ruim e maus atores com um grande interesse em duplicar: Marco Rubio, que embarcou cedo como uma desculpa para fazer uma campanha anti-Cuba (“Há de jeito nenhum os cubanos não sabem quem fez isso - se eles não fizeram isso ”, declarou ele em 2018) e agora preside o comitê do Senado que investiga a questão, ou a falcão de segurança nacional Jeanne Sheehan, são bons exemplos. Sua fanfarronice - bem como a de mediocridade sem fôlegouns idiotas como Julia Ioffe e Adam Entous alardeando vertiginosamente a narrativa das “armas de energia dirigida” em matérias de revistas sensacionais - nunca foi remotamente igualado por evidências credíveis nem derrotado por sua ausência. É um redux nostálgico do tratado de Donald Rumsfeld sobre "desconhecidos conhecidos" da era da Guerra do Iraque, reaquecido para consumo público.


Por relatos destemidos em defesa da democracia,

Inscreva-se agora!

Se inscrever

De forma mais insidiosa, a retórica paranóica em torno da “Síndrome de Havana” aumentou nos últimos meses. Tanto os legisladores quanto os repórteres bajuladores se protegem cada vez menos ao descrever os incidentes de saúde como “ataques”, chegando ao ponto de nomear países específicos suspeitos de estarem envolvidos. O ex-secretário de defesa em exercício, Christopher Miller, referiu-se a um suposto caso no subúrbio da Virgínia como um "ato de guerra". A “Síndrome de Havana” foi supostamente um tema de agitação durante tensos encontros com autoridades russas. A preocupação com os casos uma vez atrasou a viagem diplomática do vice-presidente Kamala Harris ao Vietnã. Rubio acusou céticos de alto nível de serem pagos por governos estrangeiros para injetar desinformação. (Só para constar, não sou.)


Enquanto isso, uma investigação da CIA está se intensificando e os pacientes e seus aliados estão pedindo "possíveis respostas políticas" em retaliação. Um projeto de lei pedindo sanções contra quem “dirigiu ou executou os ataques da Síndrome de Havana” está supostamente no Comitê de Relações Exteriores. E talvez o mais chocante, uma nova história esta semana de Ioffe citou anonimamente um oficial de inteligência explicitamente defendendo uma ação preventiva contra a Rússia, embora não haja evidências disponíveis para apoiar um casus belli: “Até agora, os líderes civis sentem que as evidências são circunstanciais e produto de um processo de eliminação e, portanto, não o suficiente para atribuir a culpa publicamente. Mas alguns na comunidade de inteligência estão ficando inquietos, ansiosos para ver as pessoas que feriram tantos de seus camaradas punidas. ‘Mesmo que a inteligência seja" confiança média "’, disse-me um membro da comunidade, isso deve ser o suficiente para prosseguir. ‘Pegamos Bin Laden com confiança média’ ”.


Claro, também invadimos o Iraque com "confiança média". E o caso de que a “Síndrome de Havana” seja causada por qualquer “ataque” é infinitamente mais tênue do que o que Colin Powell fez para armas de destruição em massa antes da ONU, que pelo menos envolvia armas que obedeciam às leis da física. Se a "Síndrome de Havana" felizmente ainda não foi usada para agitar a guerra de forma tão concreta quanto as armas nucleares imaginárias do Iraque, ela foi claramente tomada por um aparato de segurança nacional formidavelmente expandido desde 11 de setembro - e se mais pessoas não vierem para seus sentidos, certamente resultará em dano. Uma coisa é um ex-secretário de defesa tagarelar à toa sobre um "ato de guerra" nos subúrbios da América - mais líderes permanentes fazendo eco a ele poderiam obrigar a uma resposta mais séria. Esta é a encruzilhada terrível para a qual estamos sendo arrastados impensadamente. Dezoito anos atrás, muitas pessoas deram a Colin Powell e outros o benefício da dúvida. Hoje, os promotores do “Síndrome de Havana” não merecem nada disso.


Natalie Shure @nataliesurity

Natalie Shure é escritora e pesquisadora em Boston. Seu trabalho se concentra em história, saúde e política.


Quer mais atualizações sobre política, saúde e mídia?

Inscreva-se no boletim informativo semanal The Soapbox da TNR.

Prosseguir

Leia mais: Política, The Soapbox, Colin Powell, Marco Rubio, Havana Syndrome, Havana, War, Russia, CIA, WMDs, War In Iraq, The Insegurity Complex

Escolhas dos editores 

Mais sobre o texto originalÉ necessário fornecer o texto original para ver mais informações sobre a tradução

Enviar feedback

Painéis laterais

Histórico

Salvas

Contribuir

O TEXTO ORIGINAL EM INGLÊS:

"The passing of former Secretary of State Colin Powell has provided the occasion for reflection on the man’s most consequential act, which also happened to be his most shameful one: his February 2003 speech at the United Nations, in which he persuasively laid out an array of phony evidence that the Iraqis harbored a substantial cache of weapons of mass destruction, or WMDs, emphatically calling for war in response.

Despite Powell’s apparent misgivings behind closed doors, the influential figure wholly legitimized the warmongering fervor manufactured by jingoistic smut-peddlers throughout the Bush administration and their parrots in the media. He relayed an unflappable certainty as he described covert manufacturing processes that hadn’t taken place, misrepresented intercepted conversations, and repeated sketchy conjecture as airtight truth. In doing so, Powell essentially laundered the dubious case for a simultaneously preemptive and retaliatory military response, lending his personal credibility to coax naysayers into cheering on an invasion. This is precisely the reason he was tapped for the task, and by all accounts it provided the necessary political cover for what would become the brutal, colossal mess whose consequences still reverberate violently, nearly two decades and a million deaths later.

Powell’s later recollection of the episode as “painful” and “a blot on my record” hardly feels strong enough. It’s impossible to look back at this era and not want to scream bloody murder at Powell and his fellows, who concocted an amateurish argument that Iraq possessed WMDs out of elisions and guesswork. This was the motivated reasoning of ultrarich freaks drooling all over themselves at the prospect of landing plush military contracts and installing yes-men into new global markets.

For fearless reporting in defense of democracy,subscribe now!Subscribe

As someone too young to have lived through Powell’s apparently fabled early statesman phase, I’ve learned little from his legacy beyond two stupefyingly obvious lessons: The threshold for insisting that a hostile foreign power is hoarding weapons to attack us ought to be incredibly high, and onlookers ought to call bullshit when those standards aren’t met. So I hope you’ll forgive me for being downright apoplectic to be watching this mendacious chapter of our very recent history repeating itself as “Havana Syndrome,” with a new generation of reprobates shoving make-believe weapons down our throats, recklessly swearing that these are causing a series of mysterious attacks, none of which actually happened.

For nearly five years now, broad swaths of the media and federal government have pushed the idea that cutting-edge directed energy weapons—heretofore unknown to science and supposedly developed and wielded in secrecy by Russia or China—are behind extremely common medical symptoms experienced by U.S. diplomatic and intelligence officials stationed across the world. Beginning at the tail end of 2016, just as the Trump administration threatened to dramatically upend years of U.S. policy toward Cuba, individuals working there began reporting things like headaches, dizziness, fatigue, and brain fog—symptoms that can drive immense suffering but are unfortunately among the most widespread medical complaints on earth.

Because some of them recounted a high-pitched screeching sound sometime around the onset of symptoms, the improbable “high-tech weapons” thesis got entrenched early on. (That a patient-provided recording of the noise was later found by two separate investigative teams to be crickets did dismayingly little to dislodge this notion.)

Once employees in Cuba were warned to be hypervigilant about surveilling for symptoms that, according to what they’d been told, could indicate they were being targeted by a hostile foreign power, cases unsurprisingly spread as more and more presumably terrified people came forward feeling ill. In some cases, it seems likely that symptoms were triggered by stress, depression, or anxiety; in others, symptoms of any number of things were probably wrongfully ascribed to attacks. In short, as Robert Bartholomew and Robert Baloh have persuasively argued, “Havana Syndrome” fits the classic pattern of mass sociogenic illness. The alleged directed energy weapons are as real as demonic hexes were in late-seventeenth-century Salem.

But maddeningly, the contention that such conditions as migraines are actually proof of targeted attacks has stuck. Just as in 2003, this was wrought from a toxic combination of bad intelligence and bad actors with a vested interest in doubling down on it: Marco Rubio, who got on board early as an excuse to do anti-Cuba chest-thumping (“There’s no way the Cubans don’t know who did itif they didn’t do it themselves,” he declared in 2018) and now chairs the Senate committee investigating the issue, or national security hawk Jeanne Sheehan, are good examples. Their blusteras well as that of breathless media dupes like Julia Ioffe and Adam Entous giddily trumpeting the “directed energy weapons” narrative in sensational magazine featureshas never been remotely matched by credible evidence nor defeated by its absence. It’s a nostalgic redux of Donald Rumsfeld’s treatise on “known unknowns” from the Iraq War era, reheated for public consumption.

For fearless reporting in defense of democracy,subscribe now!Subscribe

More insidiously, the paranoid rhetoric around “Havana Syndrome” has escalated in recent months. Both lawmakers and sycophantic reporters hedge less and less when describing the health incidents as “attacks,” going so far as to name specific countries suspected of being involved. Former acting Defense Secretary Christopher Miller referred to one alleged case in suburban Virginia as an “act of war.” “Havana Syndrome” has reportedly been a topic of agitation during tense meetings with Russian officials. Concern over cases once delayed Vice President Kamala Harris’s diplomatic trip to Vietnam. Rubio accused high-profile skeptics of being paid by foreign governments to pump out disinformation. (For the record, I am not.)

Meanwhile, a CIA probe is intensifying and patients and their allies are calling for “possible policy responses” in retaliation. A bill calling for sanctions against whoever “directed or carried out the Havana Syndrome attacks” is reportedly in the Foreign Affairs Committee. And perhaps most shockingly, a new story this week from Ioffe anonymously quoted an intelligence officer explicitly advocating preemptive action against Russia, even though there’s no evidence at hand to support a casus belli: “So far, civilian leaders feel the evidence is circumstantial and the product of a process of elimination, and therefore not enough to assign blame publicly. But some in the intelligence community are getting restless, eager to see the people who wounded so many of their comrades punished. ‘Even if the intelligence is “medium confidence,”’ one member of the community told me, that should be enough to go on. ‘We got bin Laden with medium confidence.’”

Of course, we also invaded Iraq with “medium confidence.” And the case that “Havana Syndrome” is caused by any “attacks” at all is infinitely thinner than the one Colin Powell made for WMDs before the U.N., which at least involved weapons that adhered to the laws of physics. If “Havana Syndrome” has mercifully yet to be used to agitate for war as concretely as the imaginary nukes of Iraq were, it’s clearly been seized on by a national security apparatus formidably expanded since 9/11—and if more people don’t come to their senses, harm will surely result. It’s one thing for a former secretary of defense to toot idly about an “act of war” on America’s suburbs—more sitting leaders echoing him could obligate a more serious response. This is the dire crossroads to which we’re being thoughtlessly dragged. Eighteen years ago, too many people gave Colin Powell and others the benefit of the doubt. Today, “Havana Syndrome” promoters deserve none of it.

Editor’s Picks

Texto de António Filipe, e os comentários em 12 horas ( para uma análise futura)

 

O aviso de Marcelo de que convocaria eleições caso o Orçamento fosse chumbado, como óbvia ameaça ao PCP e ao BE, foi a senha esperada por António Costa para rejeitar qualquer negociação digna desse nome e forçar eleições, com a direita nas lonas e com uma campanha de vitimização destinada a liquidar o PCP e o BE para governar com a maioria absoluta que sempre ambicionou. Será preciso fazer um desenho para que se perceba?
Já me disseram: se era assim, porque não viabilizaram o Orçamento para o tramar? A resposta chama-se dignidade. Mais importante que os votos é andar de espinha direita.
Tu, Fernanda Duarte e 371 outras pessoas
100 comentários
172 partilhas
Adoro
Adoro
Comentar
Partilhar

100 comentários

  • Domingos Correia
    Quantas narrativas, só a necessidade de tantas narrativas já explica bem o evidente buraco em que nos meteram a todos.
    8
    • Gosto
    • Responder
    • 12 h
    • Maria Adelaide Carvalho
      É curioso. Se há explicações, são narrativas que. "explicam" buracos. Se não houvesse, era arrogância.
      4
      • Gosto
      • Responder
      • 10 h
    • Rui Dias
      Domingos Correia são a resposta à superficialidade e à manipulação.
      • Gosto
      • Responder
      • 4 h
    • Gosto
    • Responder
    • 12 h
  • Jorge De Freitas Monteiro
    Esta explicação é respeitável mas ainda não tinha sido evocada…
    • Gosto
    • Responder
    • 12 h
  • Manuela Moleiro
    Por amor da santa.
    1
    • Gosto
    • Responder
    • 12 h
  • Nazaré Oliveira
    Foi isso que aconteceu só não vê quem não quer um leva o outro ao colo e ago ra segue-se o bloco central mas para isso é preciso que nos mobilizemos todos para irmos votar no PCP e não ficar ninguém em casa
    7
    • Gosto
    • Responder
    • 12 h
  • Armindo Sobral
    Grande filme
    1
    • Gosto
    • Responder
    • 12 h
  • Simão Eduardo Simões Martins
    O mais importante é ter comida para ter na mesa, é ter um tecto que não meta água e paredes que protejam, é continuar a ter um SNS fortalecido...mas temos comunistas de espinha direita...??
    2
    • Gosto
    • Responder
    • 12 h
      • Gosto
      • Responder
      • 10 h
    • Rui Dias
      Simão Eduardo Simões Martins num país com 2 milhões no limite da pobreza, onde se empobrece cada vez mais a trabalhar, onde os jovens não têm perspectivas de futuro, onde os ordenados não acompanham o aumento do custo de vida, onde a resposta do SNS sem os recursos necessários continua a piorar, é de apoiar um OE e políticas onde se dá migalhas e se tira o miolo por outro lado??? Este era o momento para se introduzir as mudanças necessárias para reverter esta situação. O governo não o quis. Preferiu aproveitar a oportunidade para chegar ao poder absoluto. E quem não tenha memória curta sabe bem o que é o PS em maioria absoluta.
      4
      • Gosto
      • Responder
      • 4 h
    • Cantico Dolores
      Rui Dias Neste caso é para abrir caminho para o totalitatismo!! Não se iluda ninguém!
      A alteração da Constituição está à porta para acabar com o pouco de democracia que restava!!
      • Gosto
      • Responder
      • 1 h
    • Fernando Pimenta
      Bem, então junte-se "à nossa voz". Sem demora!
      • Gosto
      • Responder
      • 1 h
  • Jorge A Lopes
    Calimero?
    2
    • Gosto
    • Responder
    • 12 h
  • Amilcar Rito
    Qual dignidade, em política? Há factos, há realidades, e isso não se apaga. Não tenho dúvidas o PCP jogou mal e perdeu, ao ponto de rejeitar alguns benefícios para os portugueses. Agora o PCP tem que convencer o povo.
    3
    • Gosto
    • Responder
    • 12 h
    • Maria Adelaide Carvalho
      Qual povo? O que foi sucessivamente defraudado, com leis laborais intocadas?
      3
      • Gosto
      • Responder
      • 10 h
    • Rui Dias
      Amilcar Rito isso talvez explique porque temos tido estes sucessivos governos com políticas onde são sempre os mesmos a pagar a fatura das crises. Se calhar há demasiadas pessoas, tal como você, a acharem que não tem de haver dignidade na política. Pessoas que se contentam com "alguns benefícios" para a maioria e acham normal haver grandes benefícios para uma minoria.
      • Gosto
      • Responder
      • 4 h
    • Amilcar Rito
      Rui Dias, até lhe dou razão, a distribuição justa de benefícios tem que estar sempre presente. Bolas, seria este momento, depois de sair de uma pandemia que originou a maior crise económica da democracia, quando Portugal tem que ter contas certas com EU, o momento ideal para fazer exigências, algumas nem sequer relacionadas com este OE? A aceitação deste orçamento era essencial para continuar a recuperação económica, e evitar que a direita, ávida da bazuca, tome conta do poder. Isto é que era mais importante para o povo português. Eu penso que o PCP e o BE com a aliança do PS, nunca na política portuguesa seria possível reverter o que a direita durante a troika tirou aos trabalhadores, aos pensionistas e pequenas empresas, originando desemprego, falências, suicídios, miséria e fome.
      Temos a extrema direita, racista, a surgir em força, nunca sabemos ao certo os resultados eleitorais, nós portugueses somos muito comodistas e vai-se refletindo na abstenção, no entanto toda a direita, com o ódio que tem à esquerda, não faltará. O PS, como maior partido e de charneira, tem que fazer o equilíbrio com a EU, mas também tem interesse com crescimento de toda a esquerda. Agora que o momento para deitar abaixo um governo da esquerda, foi inoportuno, isso foi.
      • Gosto
      • Responder
      • 1 h
  • Jose Monteiro
    Ainda vão jurar a pés juntos que, em politica, não conta a dignidade! Talvez por gostar pouco, ou mesmo nada, de pulhas, não abdico da verticalidade, seja em que circunstância da vida for!
    4
    • Gosto
    • Responder
    • 11 h
  • Jorge A Lopes
    Usar a palavra "dignidade" ao fim de 6 anos? Ah ah ah
    1
    • Coragem
    • Responder
    • 11 h
  • Mário Estevam
    se o ps está amarrado ao défice e à dívida as quais basta passar badajoz, já ninguém está interessado em as cumprir...
    pois que o ps vá ao fundo com as contas certas.… 
    Ver mais
    1
    • Gosto
    • Responder
    • 11 h
  • Ines Fonseca
    É isso mesmo!
    • Gosto
    • Responder
    • 11 h
  • Rodrigo Guimaraes
    Morrer de pé lol
    1
    • Gosto
    • Responder
    • 11 h
  • Mário Estevam
    estou no algarve.... tenho um ministro a assinar contratos de obras para electrificar a linha do algarve...
    mas comboios... só em 2029.
    isto é tudo uma brincadeira.
    1
    • Gosto
    • Responder
    • 11 h
  • Ana Mendonça
    Olhem só que desculpa mais esfarrapada. Melhor ficarem calados porque só pioram a situação
    1
    • Gosto
    • Responder
    • 11 h
    • Maria Adelaide Carvalho
      Desculpa esfarrapada? Não vejo nenhuma desculpa, mas uma análise legítima. Se não gostam... paciência!
      • Gosto
      • Responder
      • 11 h
    • Ana Mendonça
      Maria Adelaide Carvalho e se acredita nessa treta ... paciência
      • Gosto
      • Responder
      • 10 h
    • José Martins Jorge
      Que se há-de fazer, quando você nem sequer enxerga que está a desrespeitar a memória do seu avô que foi perseguido pela pode...
      • Gosto
      • Responder
      • 9 h
    • Rui Dias
      Ana Mendonça piorar a situação? Você de certeza que não pertence ao grupo cada vez maior dos que empobrecem a trabalhar.
      1
      • Gosto
      • Responder
      • 4 h
    • Marlene Santos
      Ana Mendonça desculpa? Pense Ana, pense.
      • Gosto
      • Responder
      • 1 h
    • Ana Mendonça
      Rui Dias pois, minha avó sustentava a mãe (que não tinha 1 escudo de reforma), 2 filhos e ela própria ganhando 5 escudos, quando lhe pagavam, é não havia SNS. Tão felizes e tão ricos que eles eram no tempo daquele que melhor nem dizer o nome
      • Gosto
      • Responder
      • 10 min
  • Ana Sara Cruz
    Muito bem camarada António Filipe a dignidade não está à venda. Venha de lá o que vier, o meu voto será sempre no Partido que defende os interesses dos portugueses, o PCP.
    10
    • Gosto
    • Responder
    • 11 h
  • Luis Nobre
    Já nem história sabem. O tratado germano-soviético ou como dizia Lenine no título dum livro que é preciso por vezes dar dois passos atrás para poder dar um passo em frente. Não percebendo isto, foi caminhar para o abismo.
    • Gosto
    • Responder
    • 11 h
    • Editado
    • Maria Adelaide Carvalho
      O Lenine escreveu uma obra que se chama "Um passo em frente, dois passos atrás: a crise no nosso Partido". É anterior à revolução e trata da luta entre mencheviques e bolcheviques.
      Nada a ver com o tema agora em discussão.
      História, na verdade. Faz falta, nisso estamos de acordo.
      3
      • Gosto
      • Responder
      • 10 h
      • Editado
    • Luis Nobre
      Maria Adelaide Carvalho eu sei bem. Mas para bom entendedor meia palavra basta. Não sabe o que isso significa ? Não percebeu ou não lhe deu jeito ?
      • Gosto
      • Responder
      • 10 h
      • Editado
    • Maria Adelaide Carvalho
      Saber não sabe, porque trocou o nome da obra e misturou o pacto germano-soviético.
      Meia palavra basta... se for correcta.
      2
      • Gosto
      • Responder
      • 10 h
    • Luis Nobre
      Maria Adelaide Carvalho não me referia à obra. Referia-me à metáfora utilizada. E sabe porque é que ela também se aplica ao tratado germano-soviético ? Não, não deve saber. Também não lhe explico. Vá estudar História !
      • Gosto
      • Responder
      • 10 h
      • Editado
    • Maria Adelaide Carvalho
      Claro que não sei. Elucide-me, por favor.
      Não sei mesmo, a sério.
      1
      • Gosto
      • Responder
      • 10 h
    • Maria Adelaide Carvalho
      Já estudei História, acredite.
      A metáfora não faz sentido, está ao contrário!
      2
      • Gosto
      • Responder
      • 10 h
    • João Castro
      Luis Nobre oh homem não diga baboseiras. Leia a obra e não apenas o título. O título da obra não é nenhum elogio à ideia de dar um passo em frente e dois passos atrás. É uma *crítica* de Lenin a esse recuo da parte da facção do POSDR que viria a formar o partido menchevique.
      Há gente que acha que para ser comunista basta ler os títulos das obras dos comunistas. E depois ainda tentam fazer dos outros parvos, fingindo que leram o que não leram.
      Isso é ser desonesto e ignorante. Uma combinação boa mas para militantes do Chega.
      3
      • Gosto
      • Responder
      • 10 h
      • Editado
    • Luis Nobre
      Maria Adelaide Carvalho ora explique lá porquê 😅
      • Gosto
      • Responder
      • 1 h
    • Luis Nobre
      João Castro resposta ao bom estilo estalinista. Fui logo rotulado. E não percebeu nada do que escrevi. Não me referi ao conteúdo de nenhum livro de Lenine. Apenas a palavras que têm um sentido metafórico.
      Ser comunista ? O que é isso no séc.XXI ? É repetir a tragédia histórica de milhões de mortos às mãos de Estaline ou de Pol Pot ou Mao Tsé Tung como fizeram os fascistas no Séc.XX ? Não, obrigado ! São estes amanhãs que cantam que querem para Portugal ? Só se for pela força das armas que já não disparam,como na revolução de outubro, pois com comportamentos destes cada vez menos pessoas votam em vocês. Ainda não se aperceberam disso ? O mundo mudou e as relações de produção também. A revolução industrial já acabou e a revolução tecnológica já começou e vocês pararam no tempo e vivem num museu e num mundo que já não existe. Onde estão os partidos comunistas no mundo actual ? Onde estão na Europa desenvolvida ? O sistema comeu-os porque não se souberam adaptar. Vocês para lá caminham pois continuam a não querer ver o óbvio.
      • Gosto
      • Responder
      • 1 h
      • Editado
  • Amélia Correia
    Muito bem a dignidade não se vende,ainda que muitos andem tão indignados.
    2
    • Gosto
    • Responder
    • 11 h
  • M Luís Borges
    Alguém acredita nisso? Por favor não tratem os eleitores como parvos.
    2
    • Gosto
    • Responder
    • 11 h
    • Maria Adelaide Carvalho
      Quais eleitores? Os que gostam do PCP quando sustenta o PS, aplaudem o sentido de responsabilidade dos comunistas... e a seguir votam PS?
      4
      • Gosto
      • Responder
      • 11 h
    • M Luís Borges
      Maria Adelaide Carvalho Por favor leia a publicação.
      • Gosto
      • Responder
      • 10 h
    • Malou Delgado Raínho
      Maria Adelaide Carvalho, os eleitores que até podiam não votar no PCP, porque a unidade na acção ainda não nos foi imposta, mas o respeitavam.
      E este chorrilho de explicações parece um filme de série B
      1
      • Gosto
      • Responder
      • 10 h
    • Maria Adelaide Carvalho
      Malou Rainho, se há explicações, é um filme de série B (por acaso há alguns bem bons). Se não há... aqui d'el rei!
      Preso por ter cão, etc..
      1
      • Gosto
      • Responder
      • 10 h
    • Rui Dias
      Malou Delgado Raínho já percebemos que você prefere dizer amén aos chorrilhos dos "comentadeiros de serviço" na comunicação social "de referência" e nem sequer admite contraditório. Já tem um prognóstico dos orgãos de comunicação social e seus "comentadeiros" que vão receber Óscares?
      1
      • Gosto
      • Responder
      • 4 h
  • Zélia Falcão Moura
    O pcp e o be deviam estar a meditar mas pelos vistos ainda não perceberam o tamanho da gravidade em que fica o país e preferem fazer que são inocentes e a culpa não lhes pertence,haja coerência e não pensem que o povo engole tudo o que lhe querem dar,tenham juízo e nao nos atirem mais areia para os olhos,quiseram sair duma situação incómoda para o seu eleitorado e esta foi a oportunida...mas se acomodaram os ânimos partidários o mesmo não acontecerá no eleitorado em geral a ver vamos...
    1
    • Gosto
    • Responder
    • 11 h
    • Editado
    • Deltina Ramos
      Zélia Falcão Moura basta ver a maioria destes comentários para ficar ilucidados da inteligência e conhecimentos políticos da dos eleitores
      1
      • Gosto
      • Responder
      • 10 h
  • Manuel Gomes
    Só para eu entender, se me permite. Este apelo de Álvaro Cunhal para evitar a vitória de Freitas do Amaral em 1986, foi alguma atitude indigna ou falta de verticalidade do PCP?
    “Se for preciso tapem a cara [de Soares no boletim de voto] com uma mão e votem com a outra”, pediu Álvaro Cunhal, falando aos congressistas. “Vamos ter de engolir um sapo.”
    3
    • Gosto
    • Responder
    • 11 h
    • Editado
  • Jorge Bártolo Wager Russell
    O PCP teve a atitude correcta. Princípios e dignidade não se vendem. Estar ao lado do Povo tem por vezes um preço alto. Nós pagamos. De cabeça erguida.
    2
    • Gosto
    • Responder
    • 11 h
  • Jorge Bártolo Wager Russell
    É talvez bom lembrar aqui um poema de Sidónio Muralha. Parar. Não paro. Esquecer. Não esqueço. Se carácter custa caro pago o preço.
    3
    • Gosto
    • Responder
    • 11 h
  • Francisco Fortunato
    Imaginaçāo não lhe falta.
    4
    • Gosto
    • Responder
    • 11 h
  • Fátima Santos
    Com todo o respeito que tenho por si, trata-se da vossa dignidade? A sério que foi esse o motivo do chumbo? Deixaram de existir outras formas de luta e de oposição, só existe o OE? Que dignidade terá o PCP e o BE ao serem dizimados nas próximas eleiçõe… 
    Ver mais
    5
    • Gosto
    • Responder
    • 11 h
    • Editado
    Ver mais 1 resposta
  • Maria Adelaide Carvalho
    Perdi-me quando cheguei ao "tamanho da gravidade em que fica o país"...
    Notícia importante: o "eleitorado em geral" não vota PCP.
    2
    • Gosto
    • Responder
    • 10 h
  • Jorge Santana
    E só este ano é que acordaram para endireitar a espinha...
    • Gosto
    • Responder
    • 10 h
    • Maria Adelaide Carvalho
      Não. Acordámos há cem anos.
      4
      • Gosto
      • Responder
      • 10 h
    • Jorge Santana
      Maria Adelaide Carvalho, há cem anos era outra gente. Provavelmente mais conscienciosa. Consciência que não faltou a Álvaro Cunhal quando aconselhou o voto em Mário Soares. Um mal menor com o qual concordei. E que deveria ter sido seguido em relação ao OE de 2021...
      • Gosto
      • Responder
      • 8 h
      • Editado
    • Maria Luisa Colaço
      Jorge Santana mas alguma vez há comparação possível entre Álvaro Cunhal e esta gente de agora? Certamente que ele está a revolver-se no túmulo por ver tanta desonestidade e incompetência.
      1
      • Gosto
      • Responder
      • 5 h
      • Editado
    • Rui Dias
      Maria Luisa Colaço é indigno falarem no Álvaro Cunhal para justificar o apoio a um partido, o PS, que nunca perdeu a oportunidade de o atacar e difamar cobardemente. E não sejam demagogos, não misturem assuntos e situações completamente diferentes. Já pensaram que o Governo também podia e devia ter tido outra posição?
      2
      • Gosto
      • Responder
      • 3 h
    • Jorge Santana
      Rui Dias, Álvaro Cunhal difamado pelo PS? Só se o mesmo tipo de indivíduos do PS que me mandam para a Venezuela, Cuba e Coreia do Norte! Fanáticos e ignorantes. Igualzinhos a muitos simpatizantes do PCP. Alguns, por causa dos meus comentários, chamam-me de traidor, vendido e sei lá que mais. Uma boa maneira de manterem os simpatizantes e votantes no PCP. Enfim...
      • Gosto
      • Responder
      • 3 h
  • António Alves
    Exatamente, concordo. Marcelo deu a senha, Costa apŕoveitou e não negociou o orçamento para forçar a ida a eleições. Vai daí, o PCP e o BE, fazem-lhe a vontade e votam contra, quanďo podiam abster-se e pura e simplesmente tirar o tapete ao Costa. Isso tem nome: estupidez crassa.
    4
    • Gosto
    • Responder
    • 10 h
    • Carlos Mota
      António Alves o autor do post chama-lhe dignidade.
      • Gosto
      • Responder
      • 8 h
    • António Alves
      Carlos Mota , como este orçamento vem na linha dos anteriores, e até com evolução positiva em relação a eles, devemos concluir que só agora descobriram a dignidade.
      • Gosto
      • Responder
      • 1 h
  • Paula Sousa
    Não deixei de ficar muito admirada.. uma vez que até bem pouco tempo o Sr. PR dizia ser crucial haver estabilidade política...
    • Gosto
    • Responder
    • 10 h
    • Editado
  • João A. G. Pereira
    E de cabeça erguida.🙂
    • Gosto
    • Responder
    • 7 h
  • Maria Luisa Colaço
    Já chega de inventar. Combinaram-se todos para fazer passar essa versão mentirosa dos factos. O que vale é que nós não andamos de olhos fechados. Seja honesto , ao menos.
    3
    • Gosto
    • Responder
    • 5 h
    • Editado
    • Rui Dias
      Maria Luisa Colaço só abrem os olhos para os "comentadeiros" de serviço na comunicação social "de referência"...... O tempo, e não vai demorar muito, dirá quem andou a fazer "combinações"...
      • Gosto
      • Responder
      • 3 h
    • Maria Luisa Colaço
      Rui Dias talvez tenha surpresas. O tempo o dirá. Não se pode defender o indefensável.
      1
      • Gosto
      • Responder
      • 2 h
  • Fernando Viana
    Não tenham ilusões sobre as intenções do PS. O PS foi um partido criado pelo grande capital para aglutinar as classes trabalhadoras e assim evitar que o partido comunista chegasse ao poder pela via democrática. Está tudo em condições para ter uma vitória histórica= PSD e CDS em guerras internas à procura de líderes e o chumbo do OE2022 é a autoestrada para uma grande campanha eleitoral.
    • Gosto
    • Responder
    • 3 h
    • Editado
  • Fernando Reis
    Dignidade que muita gente necessita
    • Gosto
    • Responder
    • 3 h
  • Rui Gonçalves
    Com certeza que esse cenário foi ponderado previamente.
    • Gosto
    • Responder
    • 2 h
  • Paulina Santos
    Pois mas a dignidade pode ter um preço muito elevado para os que confiaram na geringonça !
    • Gosto
    • Responder
    • 2 h
  • Cantico Dolores
    António Filipe Viabilizar para quê?! Deviam as pessoas perguntar!!
    Para vir mais do mesmo??!!
    O pior é que estamos a virar para um sistema totalitário na Europa e o pessoal parece que anda a dormir!!
    Querem alterar a Constituição da República, não me digam que o PS também está a contar com o PCP para tal!!
    1
    • Gosto
    • Responder
    • 1 h
  • Carlos Ilídio
    FAZ DE CONTA
    Uma das competências do Conselho de Estado é aconselhar o Presidente da Republica sobre a dissolução da Assembleia da Republica.
    O Presidente da Republica já decidiu dissolver a Assembleia da Republica se o OE fosse rejeitado e disso informou o país antes da sua votação.
    E agora convoca o Conselho de Estado para dia 3 de Novembro, afim de se pronunciar sobre a dissolução da Assembleia da Republica ?
    Anda Marcelo Rebelo Sousa a brincar à politica, a brincar connosco ou a passar atestados de palhaços aos conselheiros de estado ?
    Julgo que é a primeira vez que um governo cai por causa de um OE não aprovado. Quando um orçamento é chumbado, faz-se outro ou governa-se em duodécimos e até pode ser conveniente irmos a eleições, mas exige-se respeito pelas instituições.
    Pode ser uma imagem de texto que diz "Artigo 145.° (Competência) Compete ao Conselho de Estado: a) Pronunciar-se sobre a dissolução da Assembleia da República e das Assembleias Legislativas das regiões autónomas; b) Pronunciar-se sobre a demissão do do Governo, no caso previsto no n. artigo 195.°; c) Pronunciar-se sobre a declaração da guerra e a feitura da paz; d) Pronunciar-se sobre os actos do Presidente da República interino referidos no artigo 139.°; e) Pronunciar-se nos demais casos previsto na Constituição e, em geral, aconselhar o Presidente da República"
    1
    • Gosto
    • Responder
    • 1 h
    • Gosto
    • Responder
    • 1 h
  • Capi Tolina
    Poderá o pêcêpê esforçar-se tanto quanto puder, mas não apagará a nódoa grave das consequências da sua opção.
    • Gosto
    • Responder
    • 1 h
  • Simão Eduardo Simões Martins
    Isto de não ser um Louçã com direito a TV deve estar a dar-lhe cabo do miolo...😛🤣
    • Gosto
    • Responder
    • 1 h
  • João Dias
    A comparação com a revolução dos cravos é um bocadinho triste.
    • Gosto
    • Responder
    • 21 min